Importantes líderes iranianos se preparavam há mais de uma semana para um possível ataque do exército israelense caso as negociações sobre o acordo nuclear fracassassem. As informações são do jornal norte-americano The New York Times.
No entanto, autoridades próximas ao Líder Supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disseram que não imaginavam que Israel atacaria antes da rodada de negociações marcada para este domingo (15/6) em Omã.
Escalada da guerra no Oriente Médio
- Depois de diversas ameaças, Israel lançou o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã, nessa quinta (12/6). O foco da operação foram instalações nucleares do país, assim como locais onde estavam líderes militares e cientistas nucleares.
- Ao longo da semana, a retórica militar entre os dois países aumentou. Há alguns dias, o governo iraniano afirmou que atacaria Israel caso seu programa nuclear fosse atingido.
- O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
- Como resposta à operação israelense, o Irã lançou um exército de drones contra o território de Israel.
Em mensagens de texto privadas, algumas autoridades iranianas questionaram as falhas de inteligência e defesa que, consequentemente, resultaram na incapacidade do Irã em prever os ataques israelenses.
Segundo o NYT, o “ataque preventivo” de Israel pegou a liderança “completamente de surpresa”, principalmente com a morte de figuras militares e cientistas nucleares.
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Buscas em área destruída
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Área destruída em Tel Aviv
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Soldado com carro destruído em ataque ao fundo
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Socorro a vítima em Tel Aviv
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Equipe de socorristas
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Ataque do Irã a Israel, nesta sexta-feira (13/6)
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Israel: civis são orientados a ficar em abrigos durante ataques do Irã
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Mísseis iranianos cruzam o céu de Tel Aviv
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ataque de Israel no Irã
O plano de Khamenei era lançar mil mísseis balísticos contra Israel e sobrecarregar a defesa área — dotada de cinco sistemas de proteção — para conseguir efetuar danos às estruturas israelenses.
Contudo, os ataques de Israel teriam “tornado impossível” mover os mísseis do depósito até as plataformas de lançamento. Dessa forma, o Irã realizou uma ofensiva com quase 100 mísseis nas primeiras levas de ataques durante a sexta-feira (13/6).
Conflito deixa mortos e feridos
A troca de ataques entre Israel e Irã começou na última quinta-feira (12/6), quando o exército israelense realizou bombardeios contra território iraniano. Em resposta, o Teerã lançou uma ofensiva contra os israelenses na sexta-feira (13/6).
O Irã diz que cerca de 60 pessoas, entre elas 20 crianças, morreram em um ataque israelense a um prédio residencial na capital Teerã. A informação é da TV estatal iraniana, Irib.
No dia anterior, o embaixador do Irã nas Nações Unidas, Amir Iravani, tinha divulgado que pelo menos 78 pessoas foram mortas e 320 ficaram feridas após a onda de ofensivas de Israel.
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Do lado israelense, há três mortos e 80 feridos. Segundo o exército, as vítimas não conseguiram chegar aos abrigos.
Tel Aviv notificou que nove cientistas envolvidos na produção de armas nucleares do Irã “foram eliminados”. Segundo as Forças de Defesa de Israel, eles tinham décadas de experiência no desenvolvimento de armas nucleares.