A quarta fase da operação do Irã contra Israel teve início, informou o meio de comunicação iraniano Mehr News. A nova ofensiva é uma “resposta decisiva” ao ataque de Israel, que matou o chefe da inteligência da Guarda Revolucionária Islâmica e seu vice neste domingo (15/6).
A operação do Irã, batizada de Operação Promessa Verdadeira 3, incluiu “centenas de mísseis balísticos diversos” visando prédios residenciais e infraestrutura em Israel.
O que está acontecendo
- Depois de diversas ameaças, Israel lançou o que chamou de “ataque preventivo” contra o Irã. O foco da operação foi o programa nuclear iraniano.
- Ao longo da última semana, a retórica militar entre os dois países aumentou. Há alguns dias, o governo iraniano afirmou que atacaria Israel caso seu programa nuclear fosse atingido.
- O principal objetivo da ação, segundo o governo israelense, é impedir que o Irã consiga construir uma arma nuclear.
- Como resposta à operação israelense Leão Ascendente, o Irã lançou um exército de drones e mísseis contra o território de Israel.
- Em um pronunciamento no sábado (14/6), o premiê Benjamin Netanyahu afirmou que a ofensiva deve continuar. Ele prometeu ataques contra todas as bases iranianas.
- Ataques entre os países chega ao quarto dia seguido neste domingo (15/6).
As mortes do brigadeiro general Mohammad Kazemi e seu vice, Hassan Mohaqiq, militares de alto escalão da inteligência da Guarda Revolucionária Islâmica foram confirmadas após um ataque israelense a Teerã, neste domingo. Em uma entrevista à Fox News, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou: “Posso dizer que temos o chefe de inteligência deles e seu vice em Teerã”.
Leia também
-
Vídeo: Israel ataca Ministério das Relações Exteriores do Irã
-
Israel alerta que sua defesa tem falhas em meio a novo ataque do Irã
-
Trump admite que EUA pode se envolver no conflito entre Israel e Irã
-
Israel diz ter atingido avião-tanque em ataque mais longínquo ao Irã
As Forças de Defesa de Israel (IDF), por sua vez, afirmam ter concluído uma “extensa” onda de ataques aéreos no Irã com o objetivo de destruir a capacidade de fabricação de armas. A Marinha de Israel afirma ter interceptado mais de 100 Veículos Aéreos Não Tripulados (UAVs) disparados pelo Irã desde o início da operação.
Os ataques tiveram como alvo a infraestrutura pertencente ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, à Força Quds da Guarda, um dos cinco ramos do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, e às forças armadas do Irã, diz a IDF. “Vários locais de produção de armas em todo o Irã foram alvos”, dizem os militares.



Explosão em depósito de petróleo em Teerã, no Irã, após ataque israelense
Redes sociais 
Prédios são destruídos após ataques do Irã contra Israel
Amir Levy/Getty Images
Luzes dos mísseis no céu de Israel
Getty Images
Destroços em Tel Aviv
Ilia Yefimovich/picture alliance via Getty Images)
Prédio destruído em Tel Aviv após ataque iraniano
Getty Images
Vítimas do conflito
O número de mortos no conflito no Oriente Médio subiu e chegou a 224 no Irã, e 14, em Israel, após o terceiro dia consecutivo de ataques mútuos. A guerra entre os dois países entrou no quarto dia, neste domingo (15/6).
Citando o Ministério da Saúde do Irã, a mídia estatal do país informou que 224 pessoas morreram desde o último dia 12 de junho, quando as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram a operação “Leão Ascendente”. Outras 900 ficaram feridas.
Apesar do governo Benjamin Netanyahu afirmar que os ataques visam, principalmente, instalações nucleares e alvos militares, o governo do Irã diz que a maioria dos mortos no país são civis.
Já em Israel, o número de vítimas dos bombardeios iranianos também aumentou. Até o momento, autoridades relatam que 14 pessoas morreram – todas civis, incluindo três crianças.




