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    Israel ordena retirada no norte de Gaza apesar da oposição de Trump

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    O Exército de Israel ordenou, neste domingo (29/6), que os palestinos deixem as áreas no norte de Gaza. A determinação acontece antes do país intensificar os combates contra o Hamas na região. A ordem de retirada abrange a área de Jabalia e a maioria dos distritos da Cidade de Gaza.

    A determinação é feita enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demanda o fim da guerra em meio a novos esforços para intermediar um cessar-fogo. “Façam o acordo em Gaza e recuperem os reféns”, escreveu Trump, neste domingo.

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    Em comunicado, os militares determinaram que as pessoas que estão na região norte do território sigam para o sul, em direção à área de Al-Mawasi, em Khan Younis, que está designada como área humanitária. A Organização das Nações Unidas afirma, no entanto, que não há mais lugares seguros em Gaza.

    “As Forças de Defesa de Israel (IDF) estão operando com extrema força nessas áreas, e essas operações militares vão aumentar, se intensificar e se estender para o oeste, até o centro da cidade, para destruir as capacidades das organizações terroristas”, avisou o Ecército de Israel.

    13 imagensPalestinos recebem refeições distribuídas por organizações humanitárias na área de al-Mawasi, em Khan Yunis, GazaKHAN YUNIS, GAZA – 15 DE JUNHO: Palestinos fazem fila com seus recipientes para receber refeições quentes distribuídas por organizações humanitárias em Mewasi, enquanto a crise alimentar se agrava devido aos ataques contínuos de Israel em Khan Yunis, Gaza, em 15 de junho de 2025Moradores palestinos fazem busca e resgate após o exército israelense atacar uma barraca usada como ponto de carregamento de celulares no Campo de Refugiados de Al-Shati, na Cidade de GazaDestruição após os ataques israelenses a uma casa pertencente à família Sabit no Campo de Refugiados de Al-Maghazi, localizado no centro de GazaMinistro israelense pede "interrupção completa" da ajuda a Gaza
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    Palestinos recebem refeições distribuídas por organizações humanitárias na área de al-Mawasi, em Khan Yunis, Gaza

    Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images2 de 13

    Palestinos recebem refeições distribuídas por organizações humanitárias na área de al-Mawasi, em Khan Yunis, Gaza

    Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images3 de 13

    KHAN YUNIS, GAZA – 15 DE JUNHO: Palestinos fazem fila com seus recipientes para receber refeições quentes distribuídas por organizações humanitárias em Mewasi, enquanto a crise alimentar se agrava devido aos ataques contínuos de Israel em Khan Yunis, Gaza, em 15 de junho de 2025

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    Moradores palestinos fazem busca e resgate após o exército israelense atacar uma barraca usada como ponto de carregamento de celulares no Campo de Refugiados de Al-Shati, na Cidade de Gaza

    Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images5 de 13

    Destruição após os ataques israelenses a uma casa pertencente à família Sabit no Campo de Refugiados de Al-Maghazi, localizado no centro de Gaza

    Hassan Jedi/Anadolu via Getty Images6 de 13

    Ministro israelense pede “interrupção completa” da ajuda a Gaza

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    Fumaça de edifícios destruídos na Faixa de Gaza vista do sul de Israel, nesta segunda-feira (26)

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    Manifestantes no norte de Gaza

    Reprodução/ Redes sociais10 de 13

    Pessoas vasculham os destroços de uma casa após um ataque israelense na Cidade de Gaza em 18 de março de 2025.

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    Amir Levy/Getty Images

    Cessar-fogo

    Esse movimento de escalada militar acontece enquanto o Egito e Catar, que atuam como mediadores e são apoiados pelos Estados Unidos, dão início a um novo esforço por um cessar-fogo. O acordo interromperia o conflito por 20 meses e garantiria a libertação dos reféns estrangeiros que ainda estão presos pelo Hamas.

    O interesse em resolver o conflito em Gaza aumentou após o conflito de 12 dias entre Israel e Irã, que contou com a participação dos EUA.

    O Hamas afirmou que está disposto a libertar os reféns restantes, acredita-se que cerca de 20 pessoas estejam vivas. Já Israel afirma que só poderá pôr fim à guerra se o Hamas for desarmado e desmantelado. O grupo se recusa a depor as armas.

    A guerra começou no dia 7 de outubro de 2023, após o Hamas atacar Israel. Até o momento, 1.200 israelenses morreram e 251 foram feitos de reféns, de acordo com estatísticas de Israel.

    Os ataques de Israel mataram mais de 56 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. A guerra deslocou quase toda a população de Gaza, que era de cerca de 2,3 milhões de pessoas.