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Juliana Marins: turismólogo analisa responsabilidade do guia na morte

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Juliana Marins: turismólogo analisa responsabilidade do guia na morte

A morte de Juliana Marins durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, ainda está repercutindo. Após as novas revelações feitas pelo pai da jovem ao Fantástico, no último domingo (29/6), o turismólogo Vitor Vianna voltou analisar o caso e a responsabilidade do guia de turismo no acidente.

Ao dominical da Globo, o pai de Juliana revelou que o guia local a deixou sozinha no meio do caminho para fumar. “Essa negligência é simplesmente inaceitável!”, disparou Vitor.

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O especialista continuou: “Como turismólogo com mais de duas décadas de atuação, afirmo com clareza: Nenhum guia pode, em hipótese alguma, abandonar um viajante durante uma atividade de risco. O papel do guia é conduzir, proteger e garantir a integridade de todos os participantes, do início ao fim”, falou ele.

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Brasileira caiu em um penhasco durante trilha na última sexta-feira (20/6)

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Tragédia ocorreu no vulcão Rinjani, na Indonésia

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Em seguida, Vitor Vianna pontuou que a filha, no entanto, não é apenas do guia.

“Mas a falha não está apenas no profissional — ela aponta para uma estrutura fragilizada. É imprescindível que os países e locais que oferecem atividades de alto risco tenham leis de regulamentação claras. Isso inclui: Credenciamento obrigatório e formação técnica específica para guias. Infraestrutura mínima — como sistemas de resgate, comunicação eficiente e equipes de emergência treinadas. Responsabilidade legal por incidentes — para que empresas sejam responsabilizadas por negligência”, listou.

E completou: “Além disso, cabe ao viajante pesquisar bem o destino antes de embarcar. Muitos lugares vendem passeios perigosos — trilhas noturnas em vulcões, escaladas isoladas — com o mesmo discurso leve de um passeio urbano. É fundamental verificar a reputação da operadora, se há guias certificados, qual é a estrutura de apoio em caso de acidente e se há protocolos de resgate”.

Negligência recorrente

O turismólogo ainda destacou que a negligência na trilha do vulcão é recorrente.

“E, realmente, a negligência é recorrente no local: Rinjani tem um histórico preocupante de segurança, com 8 mortes e cerca de 180 acidentes registrados desde 2020, sendo a maioria por quedas e torções. O próprio caso de Juliana mostrou que a operação de resgate demorou quatro dias para resgatar seu corpo, usando drones e resgates voluntários, o que reforça a precariedade da estrutura oficial”, disse ele.

E encerrou: “A vida de ninguém deve depender da sorte ou da boa vontade de um guia despreparado. Países precisam implementar leis rígidas, formação profissional e infraestrutura confiável. O viajante só não pode se omitir: pesquisa e escolha ativa são atitudes fundamentais. Esse caso precisa ser um alerta para jornalistas, viajantes, autoridades e a indústria: não se brinca com aventura — muito menos com vidas humanas”, finalizou.

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