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    Líder do Movimento de Mulheres Olga Benario é vítima de feminicídio

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    A militante Gabriela Mariel, de 33 anos, foi vítima de feminicídio, crime ocorrido na madrugada dessa quarta (4/6), em Mauá, na região metropolitana de São Paulo. Uma das lideranças do Movimento de Mulheres Olga Benario no ABC, ela foi morta pelo marido e deixa uma filha, de 9 anos.

    “É com profundo pesar e muita revolta que informamos a morte de nossa grande camarada Gabi. Mãe solo, trabalhadora da escala 6×1, PCD, era uma das principais responsáveis pelo trabalho do Movimento de Mulheres na cidade de Mauá”, noticiou a organização da qual Gabriela fazia parte.

    De acordo com o movimento, a militante foi coordenadora da Ocupação da Mulher Operária Alceri Maria Gomes da Silva e esteve na linha de frente na luta pela Delegacia da Mulher 24 horas em Mauá, “pelos serviços de atendimento às vítimas de violências e pelo direito das mulheres e das crianças”.

    Leia também

    Casos de feminicídio na região

    • O Movimento Olga Benario destacou, em nota à imprensa, que o Brasil é o quinto país do mundo que mais assassina mulheres.
    • Segundo a organização, o assassinato de Gabriela é o sexto caso de feminicídio da região, só neste ano.
    • “Por isso o enfrentamento à violência contra as mulheres se faz urgente”, disseram as militantes.
    • O movimento denunciou ainda que Mauá não possui uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) 24 horas para atender mulheres vítimas de violência.
    • “Nos últimos meses, Gabi reunia mulheres e, junto ao movimento, estavam colhendo assinaturas para o baixo assinado por uma delegacia 24h em Mauá”, diz a nota.
    • O Metrópoles questionou a Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre a ausência de uma DDM 24h em Mauá e aguarda um posicionamento.
    • A pasta também foi questionada sobre mais detalhes do feminicídio de Gabriela e ainda não retornou a reportagem. O espaço segue aberto.

    Militantes protestam após caso de feminicídio

    O Movimento de Mulheres Olga Benario organizou uma manifestação, às 5h da manhã dessa quarta, na frente da estação Mauá da CPTM. Segundo a organização, o protesto reuniu mais de 160 pessoas com velas e cartazes.

    8 imagensProtesto reuniu mais de 160 pessoas com velas e cartazes. Movimento denuncia que que Mauá não possui uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) 24 horas para atender mulheres vítimas de violência.O Movimento Olga Benario destacou, em nota à imprensa, que o Brasil é o quinto país do mundo que mais assassina mulheres.Segundo a organização, o caso da Gabriela é o 6° caso de feminicídio da região só neste ano. Novo protesto está previsto para acontecer às 17h desta sexta (6/6), também na frente da estação Mauá, na Avenida Rio Branco.Fechar modal.1 de 8

    Feminicídio de Gabriela Mariel, de 33 anos, motivou protesto em Mauá.

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    Protesto reuniu mais de 160 pessoas com velas e cartazes.

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    Movimento denuncia que que Mauá não possui uma Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) 24 horas para atender mulheres vítimas de violência.

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    O Movimento Olga Benario destacou, em nota à imprensa, que o Brasil é o quinto país do mundo que mais assassina mulheres.

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    Segundo a organização, o caso da Gabriela é o 6° caso de feminicídio da região só neste ano.

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    Novo protesto está previsto para acontecer às 17h desta sexta (6/6), também na frente da estação Mauá, na Avenida Rio Branco.

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    Gabriela foi morta pelo marido e deixou uma filha de 9 anos.

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    Ela era uma das lideranças do Movimento de Mulheres Olga Benario no ABC Paulista.

    Reprodução/Redes sociais

    “O ato teve a solidariedade e participação do Diretório Central Estudantil da Universidade Federal do ABC (DCE-UFABC), Associação Regional dos Estudantes Secundaristas do ABC (ARES-ABC), do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e do Partido Unidade Popular (UP), ao qual Gabi era filiada”, informou o movimento.

    Um novo protesto está previsto para acontecer às 17h desta sexta (6/6), também na frente da estação Mauá, na Avenida Rio Branco.

    “Nossa maior homenagem é nenhum minuto de silêncio e uma vida inteira de lutas”, afirmam as militantes.