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    Malafaia diz que Moraes é “ditador” e critica “direita prostituta”

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    O pastor Silas Malafaia chamou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de “ditador” e afirmou que a Corte “terceirizou a censura” no julgamento sobre o Marco Civil da Internet, em que ficou determinado às redes sociais que retirem conteúdo criminoso do ar sem necessidade de ordem judicial sob pena de responsabilização. A declaração foi feita durante o ato em desagravo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Paulista, neste domingo (29/6), que tem transmissão ao vivo no canal do YouTube do Metrópoles.

    O pastor ainda afirmou, durante o ato bolsonarista, que a “direita prostituta” permite que Moraes continue no STF sem sofrer um impeachment.

    29 imagensSilas Malafaia e o ex-presidente Jair Bolsonaro em ato na Avenida PaulistaTarcísio de Freitas chega a ato na Avenida PaulistaO ex-presidente Jair Bolsonaro chega a ato na Avenida Paulista - MetrópolesBia Kicis ao lado de Bolsonaro em ato na Avenida PaulistaValdemar Costa Neto chega a ato na Avenida PaulistaFechar modal.1 de 29

    O ex-presidente Jair Bolsonaro chega a ato na Avenida Paulista – Metrópoles

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    Silas Malafaia e o ex-presidente Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista

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    Tarcísio de Freitas chega a ato na Avenida Paulista

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    O ex-presidente Jair Bolsonaro chega a ato na Avenida Paulista – Metrópoles

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    Bia Kicis ao lado de Bolsonaro em ato na Avenida Paulista

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    Valdemar Costa Neto chega a ato na Avenida Paulista

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    Silas Malafaia e o ex-presidente Jair Bolsonaro em ato na Avenida Paulista

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    Carlos Bolsonaro chega a ato na Avenida Paulista

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Ato está marcado para às 14h

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    Cartazes em inglês prestam apoio a Trump e Eduardo Bolsonaro durante ato bolsonarista em São Paulo

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    Manifestantes exibem faixas pedindo “Justiça Já”

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    Cartaz faz referência à anistia aos presos pelos atos de 8 de Janeiro

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    Grupo bolsonarista começa a se concentrar pela manhã na Paulista, horas antes do início oficial do ato

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    Ato bolsonarista repete pautas já vistas em manifestações anteriores, como críticas ao Supremo e pedidos de anistia

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    Esta é a 6ª vez que Bolsonaro convoca apoiadores para a ruas desde que deixou a Presidência da República

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    Governadores Tarcísio de Freitas, Romeu Zema, Jorginho Mello e Cláudio Castro participam do ato

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    Apenas o governador de São Paulo deve discursar

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    Apoiadores de Jair Bolsonaro ocupam a Avenida Paulista neste domingo (29/6) com bandeiras do Brasil, Israel e EUA

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Manifestantes participam de ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo

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    Ato convocado por Jair Bolsonaro na Paulista

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    Ato convocado por Jair Bolsonaro na Paulista

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    Ato convocado por Jair Bolsonaro na Paulista

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    “Por tudo o que Alexandre de Moraes tem feito, de rasgar a Constituição, de prender gente inocente por opinião, de não cancelar a delação de Coronel Cid, que em nenhum minuto, Bolsonaro, ele disse que você quis dar golpe. Por tudo isso, se isso é um país sério, ele tomava um impeachment e ia para a cadeia. Sabe por que um cara desse não toma o impeachment? Porque nós temos uma direita prostituta vagabunda. Uma grande parte dela é um bando de vagabundos e vendilhão”, afirmou.

    Malafaia organizou o ato “Justiça já”, em desagravo a Bolsonaro, que enfrenta o julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal. Durante seu pronunciamento, ele ainda elencou atos que considera autoritários do STF e torpedeou a delação do ex-ajudante de ordens do ex-presidente, coronel Mauro Cid.

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    O pastor começou afirmando que não se pode deixar de fora do ato “aquele que tem sido o ditador da toga, Alexandre de Moraes”. Criticou atos dos inquéritos conduzidos pelo ministro, como os indiciamentos no caso da “Abin Paralela” e a prisão e, depois, imposição de restrições ao ex-ministro do Turismo, Gilson Machado.

    “Ele [Moraes] abre a boca, fala sobre a delação, dia 12, acompanhe a cronologia para vocês entenderem como é que o Alexandre de Moraes fez uma estratégia para desviar a atenção da sociedade e da imprensa. Ele cria um fato, a imprensa oficial de Alexandre de Moraes desvia a atenção da delação de Cid, fala da prisão de Gilson e, no final da tarde, ele libera o Gilson”, afirmou.

    Malafaia ainda emendou: “O cara é sagaz. Dia 17 de junho, passou o final de semana, aquela farsa de Abin paralela que está há dois anos correndo, a PF resolve indiciar Carlos Bolsonaro e Ramagem e tem uma outra publicidade para desviar a atenção de que a delação do coronel Cid tem que ser cancelada”.

    “Alexandre de Moraes conduz um inquérito ilegal e imoral de fake news que não tem participação do Ministério Público”, concluiu.

    Marco Civil da Internet

    Malafaia também criticou duramente o julgamento sobre o Marco Civil da internet pelo STF. “O STF decide que as big techs e as plataformas serão obrigadas a remover conteúdos ofensivos sem a participação do Judiciário. Significa então que a partir de agora as plataformas e big techs são o Judiciário”.

    “Como disse um jornalista, o STF acaba de terceirizar a censura. Em nenhuma nação democrática do mundo uma plataforma decide o que é legal ou ilegal”, afirmou.

    O pastor ainda criticou a “subjetividade” do que ficou decidido. “O que é atentar contra as eleições? Quem são as plataformas para decidir o que significa atentar contra as eleições? Sabem qual é o jogo ? Calar o povo brasileiro”, afirmou.

    Ato pró-Bolsonaro

    • O ato na Avenida Paulista foi convocado em meio ao processo no Supremo Tribunal Federal (STF) que julga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista após o resultado das eleições de 2022.
    • O slogan do encontro deste domingo é “Justiça Já”, em desagravo ao ex-presidente que enfrenta o processo criminal no Supremo.
    • Bolsonaristas que começaram a se aglomerar pela manhã, antes do ato, marcado para 14h, levaram bandeiras do Brasil, de Israel e dos Estados Unidos (EUA), dispostas, lado a lado, além de cartazes destinados ao presidente norte-americano Donald Trump.
    • Na lista de aliados presentes no ato organizado pelo pastor Silas Malafaia, estão o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e aliados no Congresso Nacional, como o filho do presidente, Flávio Bolsonaro (PL), a deputada Bia Kicis (PL) e a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Caroline de Toni (PL).
    • Esta é a 6ª vez que Bolsonaro convoca apoiadores para a ruas desde que deixou a Presidência da República.

    Mobilização popular

    • Os números do Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da USP, mostram que, ao longo do tempo, as manifestações bolsonaristas perderam a capacidade de adesão.
    • Em 25 de fevereiro do ano passado, o ex-presidente levou 185 mil pessoas à Avenida Paulista. Em 6 de abril deste ano, 44,9 mil pessoas foram à última manifestação, em São Paulo – uma redução de 75%.
    • No período entre os dois atos, ainda houve outros três protestos de aliados de Bolsonaro. Em 21 de abril, o monitor da USP mediu 32,7 mil pessoas em um ato em Copacabana. Já no Dia da Independência do ano passado, 7 de setembro, 45,4 mil pessoas estiveram na Paulista.
    • No dia 16 de março deste ano, 18,3 mil pessoas se manifestaram em apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro.