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    Marcello Antony revela o motivo de ter exposto adoção do filho com HIV

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    Na semana passada, Marcello Antony virou notícia ao falar sobre a adoção do filho Francisco, hoje com 22 anos, que nasceu com o vírus do HIV. Em entrevista recente, o ex-ator da Globo, que tem 60 anos, é pai de 5 e mora em Portugal, voltou a falar sobre sua escolha, esclareceu os motivos de ter tomado a decisão de contar tudo e ainda revelou que alguns dos herdeiros trabalham como entregadores de aplicativo.

    “Ser pai na minha vida foi fundamental, acho que faz parte do ciclo da vida. Entendo e respeito todos aqueles que não queiram ter filhos, isso faz parte de cada um, o caminhar de cada um, mas é parte do meu lado. Óbvio que não imaginava ser pai de cinco filhos, na realidade são dois enteados, mas que eu considero como dois filhos também. Isso só me enriquece e me engrandece”, afirmou, em conversa com a Quem.

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    O famoso vive em Portugal com a família desde 2018 e hoje trabalha como corretor de imóveis de luxo. Para quem não conhece, ele é pai de Stephanie, de 25 anos, e Francisco, de 22, adotados na antiga relação com Mônica Torres; os enteados Lucas, de 24, e Louis, de 20, filhos da esposa, Carolina Villar, e o caçula, Lorenzo, de 13, do atual relacionamento.

    Profissão dos herdeiros

    Ainda durante a entrevista, Marcello Antony explicou que três dos filhos têm suas carreiras e vidas independentes dele: dois são entregadores de aplicativo na Holanda e Francisco é coordenador da cozinha de um restaurante português, de começou como auxiliar.

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    Marcello Antony revela o motivo de ter exposto adoção do filho com HIV

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    Marcello Antony e o filho, Francisco

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    Marcello Antony posa com o filho, Francisco

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    Marcello Antony e o filho Francisco

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    O ator Marcello Antony.

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    Marcello Antony

    Foto: Reprodução

    “Meus filhos aqui têm a total liberdade para encontrar o caminhar deles, com a minha orientação, é óbvio. Nunca forcei eles a nada e, na verdade, eles que me comunicaram o que eles estavam fazendo da vida deles”, relatou, antes de completar:

    “Sempre teve um incentivo da minha parte com relação a eles acharem o caminho da vida deles. Acho que basicamente você não vai achar o seu caminho de primeira. O próprio caminhar já é a grande lição que eles aprenderam. Onde eles, por ventura, um dia vão chegar, tem que se dar o primeiro passo. Dando o primeiro passo, o universo vai conspirar para levá-los aonde eles têm que chegar”, pontuou.

    A escolha de revelar o HIV do filho

    No bate-papo, ele ainda comentou a repercussão de suas declarações sobre Francisco ter nascido com o vírus do HIV: “A revelação disso foi uma forma natural totalmente. Até porque ele não tem HIV. Ele tinha uma possibilidade de continuar com esse vírus, o que não aconteceu”, declarou.

    E prosseguiu: “Já pequeno, ele já não tinha mais esse vírus. Na verdade, ele só nasceu com o vírus da mãe biológica dele e que, com os poucos meses dele, isso foi saindo do corpo dele naturalmente, graças a Deus. Ele nunca conviveu com o HIV, nunca teve um convívio. O que existiu era uma possibilidade remota dele continuar com esse vírus no corpo”, pontuou.

    Preconceito

    Para Marcello Antony explicou que seu objetivo era rebater o preconceito contra adotar uma criança com o gene do HIV, que foi o que aconteceu com Francisco em 2003. Na ocasião, ele e a então esposa não revelaram a informação por conta do estigma social.

    “Não tinha o porquê revelar isso na época. Só me senti a vontade de comentar sobre esse assunto já ele 18, 19 anos de idade. Foi de uma certa forma natural isso”, lembrou.

    Combate à discriminação

    O ex-ator também relatou que foi motivado pela função social a combater qualquer discriminação que o filho poderia sofrer.

    “Acho que a importância de falar sobre esse assunto publicamente é justamente a maneira que achei de incentivar as pessoas que queiram passar pela adoção. De que o amor vence qualquer barreira, independentemente de qualquer situação. Foi uma maneira de incentivar as pessoas que têm o desejo da adoção de fazê-lo sem medo de qualquer coisa”, apontou, antes de encerrar:

    “O Francisco não sofreu preconceito nenhum. Zero preconceito, até porque ele não é soropositivo e nunca chegou a ser. Aqui em Portugal, em relação a isso, não teve nenhum problema, nenhum comentário, nada”, concluiu.