MAIS

    Marinha expulsa suboficial condenado por atos de 8 de Janeiro

    Por

    A Marinha do Brasil decidiu expulsar o suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas, de 51 anos, após sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

    A decisão, tomada pelo Conselho de Disciplina da própria Força, teve como justificativa a manutenção da disciplina militar. Braga Caldas é o primeiro integrante das Forças Armadas a ser formalmente desligado por envolvimento nas invasões às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

    A exclusão foi confirmada em nota oficial enviada pela Marinha ao Metrópoles, que afirmou que a medida foi tomada “a bem da disciplina”, com base na decisão do colegiado responsável por avaliar a conduta do militar.

    O Conselho de Disciplina é um órgão interno previsto para apurar se militares inativos, como é o caso de Braga Caldas, devem ser mantidos nos quadros da instituição após condenações judiciais.

    Braga Caldas - MetrópolesMarco Antônio Braga Caldas esteve nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023

    Prisão pelo 8/1

    Braga Caldas foi preso no próprio dia dos ataques, dentro do Palácio do Planalto. Ele já estava na reserva desde 2021 e residia em Santa Catarina. Desde sua detenção, está custodiado na Escola de Aprendizes de Marinheiros de Santa Catarina, em Florianópolis.

    Em março de 2024, o STF o condenou a 14 anos de prisão por crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio tombado.

    Antes mesmo do julgamento definitivo, o ministro Alexandre de Moraes havia determinado sua prisão preventiva, alegando risco de fuga.

    O Metrópoles não conseguiu contato com a defesa de Braga Caldas.

    16 imagensMovimentação de manifestantes durante ataques de 8/1/2023Invasão de prédio público em Brasília no dia 8/1/23Fachada de prédio depredada durante ataques de 8 de janeiro de 2023Manifestantes arrastam grades em 8/1/23Manifestantes invadem e depredam prédio do Palácio do Planalto. Atos golpistas de 8/1/23Fechar modal.1 de 16

    Movimentação durante atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023

    Igo Estrela/Metrópoles2 de 16

    Movimentação de manifestantes durante ataques de 8/1/2023

    Igo Estrela/Metrópoles3 de 16

    Invasão de prédio público em Brasília no dia 8/1/23

    Igo Estrela/Metrópoles4 de 16

    Fachada de prédio depredada durante ataques de 8 de janeiro de 2023

    Igo Estrela/Metrópoles5 de 16

    Manifestantes arrastam grades em 8/1/23

    Igo Estrela/Metrópoles6 de 16

    Manifestantes invadem e depredam prédio do Palácio do Planalto. Atos golpistas de 8/1/23

    Igo Estrela/Metrópoles7 de 16

    Manifestantes arrastam grades em 8/1/23

    Igo Estrela/Metrópoles8 de 16

    Pessoas invadem e ocupam prédio público durante ataques em 8 de janeiro de 2023

    Igo Estrela/Metrópoles9 de 16

    Movimentação durante ataques de 8 de janeiro de 2023

    Igo Estrela/Metrópoles10 de 16

    Manifestantes invadiram prédio público durante ataques contra instituições democráticas, em 8 de janeiro de 2023

    Igo Estrela/Metrópoles11 de 16

    Imagem de janela quebrada mostra tropa militar em formação durante ataques de 8/1/2023

    Igo Estrela/Metrópoles12 de 16

    Movimentação de manifestantes durante atos de 8 de janeiro

    Igo Estrela/Metrópoles13 de 16

    Esplanada dos Ministérios ficou tomada por manifestantes

    Igo Estrela/Metrópoles14 de 16

    Vidro de prédio quebrado durante atos de 8 de janeiro de 2023

    Igo Estrela/Metrópoles15 de 16

    Esplanada dos Ministérios ficou tomada por manifestantes

    Igo Estrela/Metrópoles16 de 16

    Esplanada dos Ministérios ficou tomada por manifestantes

    Igo Estrela/Metrópoles

    Mais militares podem ser expulsos

    A expulsão de Braga Caldas ocorre em meio ao avanço de processos que envolvem outros militares e autoridades do governo anterior. No fim de março deste ano, o STF aceitou denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais cinco militares, entre eles dois ex-comandantes das Forças Armadas: o general Paulo Sérgio Nogueira (Exército) e o almirante Almir Garnier (Marinha).

    Leia também

    Também são réus os generais da reserva Braga Netto e Augusto Heleno, ambos ex-ministros do governo Bolsonaro, além do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente, que firmou acordo de delação premiada.

    Outros 14 militares estão sendo processados em ações separadas e poderão ter seus casos avaliados pelo Supremo posteriormente.