O ex-zagueiro da Seleção Brasileira Lúcio Ferreira revelou que pulou na piscina para apagar as chamas que atingiram seu corpo, há 20 dias, após a explosão de uma lareira na casa de um amigo. Mas, apesar de para ele ter funcionado, a atitude não é aconselhada por especialistas. Em conversa com a coluna, a médica Tayná Nery falou sobre o caso.
“Apagar o fogo se lançando em uma piscina não é, de forma alguma, a melhor solução. Na verdade, essa atitude pode ser bastante arriscada, especialmente considerando as queimaduras já provocadas pelas chamas. A água da piscina, normalmente fria, pode agravar essas lesões, intensificando os danos à pele, além claro, da exposição maior as bactérias presentes ali”, alertou a clínica geral.
E seguiu esclarecendo: “Além disso, o tipo de substância envolvida no incêndio é um fator determinante. Embora a água possa, de certo modo, reduzir o acesso do fogo ao oxigênio, não se pode considerá-la a melhor alternativa para conter as chamas”, pontuou.
Como se comportar
Ainda durante o bate-papo, Tayná Nery revelou qual a melhor forma de apagar as chamas no caso de explosão, como foi com o ex-jogador: “Em casos de explosões, a conduta mais segura e recomendada é deitar-se no chão e rolar, a fim de abafar as chamas”, aconselhou, antes de completar:
Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, ficou com 18% do corpo queimado
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Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, conta como se salvou das chamas
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O jogador postou sessão de fisioterapia após acidente doméstico
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Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, deixou o hospital após 20 dias de internação
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Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, faz fisioterapia após queimaduras
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Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, sofreu acidente doméstico
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Ex-jogador da Seleção posa sorridente na piscina
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Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, ainda não tem previsão de alta
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Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, permanece internado
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Equipe de Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, atualiza quadro após acidente
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Lúcio, ex-zagueiro da Seleção, teve 18% do corpo queimado
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Foto foi publicada no Instagram do ex-jogador
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“Outra opção seria utilizar cobertores ou panos grossos para ajudar a conter o fogo. Além disso, é fundamental acionar o socorro médico imediatamente, uma vez que queimaduras exigem avaliação e tratamento especializados o quanto antes”, disse.
No fim, a médica voltou a falar dos riscos da atitude de Lúcio: “A decisão de se lançar na piscina pode ter, à primeira vista, contido as chamas de forma mais imediata, porém é fundamental considerar os riscos envolvidos nessa ação. No caso do ex-jogador, não sei ao certo qual foi a substância que provocou a explosão, mas é importante destacar que o contato com a água da piscina expõe o paciente a agentes químicos, como o cloro, além de possíveis bactérias, o que pode agravar o estado das queimaduras e comprometer ainda mais o quadro clínico. Portanto, é essencial avaliar com cautela esse tipo de conduta”, finalizou.
Opinião de uma vítima
A DJ Juliana Maddeira, que foi vítima de queimaduras de terceiro grau após um grave acidente, recordou os momentos difíceis que passou e como foi sua experiência: “Minha experiência mostra que a imersão em água de piscina pode piorar o quadro, aumentando o risco de infecção e até levando à morte. Queimaduras abrem feridas profundas que, se expostas a agentes infecciosos que existem dentro de uma piscina, podem provocar sepse, um quadro gravíssimo”, afirmou.
Em seguida, ela lembrou: “No meu caso, a melhor saída foi correr ao chuveiro para apagar as chamas. Segurança é prioridade em situações assim. Jogar queimados em uma piscina não só é um mito perigoso, como também um erro gravíssimo”, opinou.