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    Moraes determina prisão de ex-assessor de Bolsonaro, Marcelo Câmara

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    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou, nesta quarta-feira (18/6), a prisão do ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o coronel do Exército Marcelo Câmara. O motivo apontado pelo ministro foi obstrução da Justiça. Câmara é um dos réus por ter atuado na suposta trama golpista que visava a manutenção de Bolsonaro no poder mesmo após as eleições de 2022.

    Foi a defesa de Câmara que divulgou áudios de uma conversa entre o advogado Eduardo Kuntz e o tenente-coronel Mauro Cid, delator da suposta trama golpista, por meio de um perfil do Instagram. Conforme Knutz, o perfil @gabrielar702 teria sido utilizado por Cid para a troca de mensagens.

    Na troca de mensagens divulgada à época, Cid disse reclama da situação após realizar a colaboração premiada com a Justiça sobre a trama golpista. “Pega a vida de todo mundo. Ver quem se fudeu, ver quem se ferrou, quem perdeu a carreira. Quem teve o pai, a esposa, a família toda investigada? Todo mundo foi investigado”, alegou. Nos áudios divulgados, Cid ainda faz referência à situação de Bolsonaro, que seria bem melhor que a dele. “Presidente ganhou milhões e chegou ao topo, tudo bem. Quem se fudeu e perdeu tudo? Fui eu”, desabafou Cid.

    O coronel do Exército já esteve preso, mas foi preso liberado por Moraes em maio deste ano. Segundo o STF, ele já está sob custódia da Polícia Federal (PF).

    Marcelo Câmara foi preso em 8 de fevereiro deste ano, também por ordem de Alexandre de Moraes. A medida foi determinada no contexto da operação Tempus Veritatis (Hora da Verdade), da Polícia Federal.

    Em atualização.