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Moraes determina prisão definitiva de Zambelli e comunica Câmara

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Moraes determina prisão definitiva de Zambelli e comunica Câmara

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou neste sábado (7/6) que a Câmara dos Deputados seja notificada para que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) tenha a perda do mandato declarada imediatamente, depois da conclusão de todas as etapas do seu julgamento na Primeira Turma da Corte. No mesmo ofício, Moraes determinou a prisão definitiva de Zambelli.

Zambelli foi condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda de mandato por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, a deputada também foi declarada inelegível por oito anos. Na sexta-feira (6/6), os ministros da Primeira Turma da Corte rejeitaram, por unanimidade, o recurso da parlamentar. Assim, a condenação de Zambelli passa a ser permanente.

O magistrado decidiu também encaminhar os documentos do caso para o Ministério da Justiça e Segurança Pública para que sejam iniciadas as tratativas ao processo de extradição da deputada. Zambelli saiu do Brasil depois de ser condenada pelo STF e está na Itália. Após a fase processual final, ela é alvo de mandado definitivo de prisão e segue na lista vermelha de fugitivos da Interpol.

O ofício feito por Moraes é encaminhado nominalmente ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e determina que a perda do mandato seja declarada pela Mesa Diretora da Casa. Ou seja, com o trânsito em julgado, na interpretação do ministro do STF, a perda de mandato não precisa mais passar pelo plenário da Câmara, uma vez que faz parte da condenação.

Da condenação até a fuga

A parlamentar pediu licença do mandato e está fora de exercício desde a última quinta-feira (5/6). De acordo com o documento publicado no “Diário Oficial da Câmara”, a deputada entrou em “licença médica” em 29 de maio por sete dias. A partir de quinta (5/6), passou a contar a licença do mandato por “interesse pessoal”.

Com isso, a parlamentar contabiliza 127 dias de afastamento e o suplente Coronel Tadeu (PL-SP) assume. O regimento interno da Câmara determina que um suplente só pode assumir a vaga de um deputado de licença se ela ultrapassar 120 dias.

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