O jornalista e escritor Cícero Sandroni morreu aos 90 anos, segundo informou a Academia Brasileira de Letras (ABL) na manhã desta terça-feira (17/6). Membro da ABL desde 2003, Sandroni presidiu a instituição entre 2008 e 2009.
Paulistano, nascido em 26 de fevereiro de 1935, Sandroni teve longa trajetória no jornalismo político e cultural. Iniciou a carreira em 1954, na Tribuna da Imprensa, passando depois por veículos como Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, com destaque na cobertura de política externa.
Leia também
-
Quem era Wanda Chase, jornalista e ativista que morreu aos 74 anos
-
Jornalista e ativista Wanda Chase morre aos 74 anos
-
Jornalista russa morre em explosão de mina na fronteira com a Ucrânia
-
Morre aos 95 anos o jornalista e radialista Salomão Esper
Em 1960, integrou a equipe que cobriu a inauguração de Brasília e, na sequência, assumiu a Secretaria de Imprensa da Prefeitura do Distrito Federal, a convite do então prefeito da nova capital.
Durante a ditadura militar, atuou na Tribuna da Imprensa, de Hélio Fernandes, e na revista O Cruzeiro. Foi também editor nas revistas Fatos e Fotos, Manchete e Tendência, além de colaborar com publicações como a Elle e com resenhas literárias no O Globo.
Além do jornalismo, Sandroni teve atuação destacada no mercado editorial. Foi um dos fundadores da Edinova, editora pioneira na publicação de autores latino-americanos e do “nouveau roman” francês, e também da revista Ficção, voltada à literatura de contos. Entre suas obras, destaca-se o livro O Diabo só chega ao meio-dia.