Maria Paulina Avelino Marques da Silva, conhecida como Vó Tutu, considerada uma das grandes lideranças sociais da periferia de São Paulo, morreu aos 73 anos na tarde da última terça-feira (3/6), em sua casa na Vila Brasilândia, zona norte da capital.
O trabalho de Vó Tutu ganhou grande destaque durante a pandemia. Quando o restaurante que administrava fechou, Maria iniciou com seus próprios recursos a produção de pães para famílias em situação de vulnerabilidade social.
Leia também
-
Morte nos Jardins: assassinos de engenheiro buscavam joias e relógios
-
Engenheiro morto nos Jardins levou tiro na nuca mesmo sem reagir
-
SP tem último dia de calor antes de frente fria. Veja previsão
-
Desaparecido há 7 anos foi enterrado como indigente logo após sumir
Com a ajuda de seus familiares, a iniciativa cresceu, transformando-se no Instituto Ações Sociais Vó Tutu, que distribui entre 1,3 mil a 2 mil pães por dia, além de chás, cestas básicas, roupas, fraldas e apoio psicossocial e pedagógico nas periferias paulistas.
Além das ações de assistência, o Instituto Vó Tutu também promove cursos de capacitação profissional em parceria com o Senai e a Fundação Paulistana. O trabalho da líder social foi reconhecido pela imprensa, recebendo prêmios que possibilitaram a ampliação de seu trabalho.
Benfeitora da zona norte
Vó Tutu distribuía fornadas de pães de segunda a sexta-feira em uma pequena padaria instalada no andar de cima de sua casa na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, conhecido como um dos bairros mais carentes da capital.
Em nota, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba (Sintect-SP) lamentou o falecimento da líder. “O legado de Vó Tutu seguirá vivo e inspirando todos e todas que acreditam na transformação social por meio da empatia, do amor e da ação coletiva”.