O anúncio do falecimento da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou destaque na imprensa internacional nesta terça-feira (24/6). A jovem caiu enquanto fazia uma trilha no vulcão, na ilha de Lombok, no último sábado (21/6), e permaneceu no local desde então. O corpo foi encontrado por equipes de resgate quatro dias após a queda em um penhasco de mais de 480 metros de altura.
Veículos internacionais como BBC, The New York Times, Le Parisien, Clarín, Daily Mail, The Sun e CBS News noticiaram o caso, apontando a comoção causada e as condições adversas do resgate. O jornal Clarín, da Argentina, destacou que a área registra alto número de acidentes: foram 180 ocorrências e oito mortes em trilhas nos últimos cinco anos.
O Daily Mail, da Inglaterra, informou que turistas próximos ouviram gritos de socorro de Juliana logo após a queda. Já o francês Le Parisien relatou que os drones foram fundamentais para localizar o corpo, diante da impossibilidade de pouso de helicópteros no local.
Na Alemanha, a RTL ressaltou que Juliana havia ficado para trás após pedir uma pausa. Em Portugal, a SIC Notícias citou críticas à demora do governo brasileiro em agir e à confusão na comunicação com a família.
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Corpo de brasileira é retirado de vulcão na Indonésia após 4 dias
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Repercussão atrelada a críticas
Em nota, o Itamaraty lamentou a morte e afirmou que a embaixada brasileira em Jakarta acionou autoridades locais “no mais alto nível”. A família, no entanto, revelou que chegou a receber informações incorretas da diplomacia brasileira, o que gerou ainda mais tensão durante os dias de busca.
Juliana era formada em Publicidade pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) e também dançava profissionalmente. Amigos afirmam que a viagem era um sonho antigo, marcado pelo espírito aventureiro da jovem.
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Viagem desde fevereiro
Juliana, era natural de Niterói (RJ), viajava sozinha pela Ásia desde fevereiro e fazia parte de um grupo de trilheiros que tentava chegar ao cume do vulcão, um dos mais altos e visitados do país.
Segundo testemunhas, ela teria pedido uma pausa durante a caminhada e acabou se distanciando do grupo. Ao perceberem sua ausência, os guias não conseguiram mais localizá-la.
A operação de resgate enfrentou neblina intensa, terreno íngreme e falhas na atuação de helicópteros. Cerca de 50 pessoas participaram das buscas, incluindo o uso de drones. O parque nacional chegou a ser fechado temporariamente para facilitar as buscas. O corpo foi localizado a cerca de 600 metros do ponto da queda.