O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta um dilema nas indicações dos membros para a CPMI do INSS no Congresso Nacional. Em especial, por causa da relatoria da comissão parlamentar de inquérito.
Lideranças do partido avaliam que a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), autora do pedido da CPMI, não estaria preparada para assumir a relatoria, como ela deseja. A parlamentar está em seu primeiro mandato na Câmara.
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O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, e o líder da oposição, deputado Zucco
Marina Ramos/Câmara dos Deputados2 de 3
Coronel Fernanda, autora do pedido da abertura da CPMI do INSS
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados3 de 3
O líder do PL, Sóstenes Cavalcante
Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Lideranças do PL admitem que, pela tradição, seria natural Fernanda, como autora do requeirmento, ter um posto de destaque na CPMI. No caso, a relatoria, que caberá à Câmara. A presidência do colegiado ficará com o Senado.
A tendência, conforme já noticiou o Metrópoles, é que o senador Omar Aziz (PSD-AM) seja escolhido como presidente da comissão. Aliado do governo, Aziz foi o presidente da CPI da Covid-19 no Senado.
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Na avaliação de caciques do PL, a indicação de um senador experiente para a presidência da CPMI prejudica ainda mais Fernanda. O temor é de que, sem experiência, a deputada fosse “engolida” por Aziz.
Diante desse cenário, deputados bolsonaristas do PL disputam entre si não apenas as vagas do partido na comissão mista, como mostrou a coluna, mas também procuram uma solução para a relatoria.
Líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ) avisou em suas redes que não abrirá mão de indicar o relator. Segundo ele, não haveria acordo para indicação de um nome que não seja da oposição.