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    O que os influenciadores ensinam sobre os novos tempos digitais?

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    “Em comunicação nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Oui! E hoje, eu serei a Lavoisier da comunicação estratégica, e te mostrarei como analisar a produção de conteúdo, o posicionamento de marca e a gestão de comunidade dos influenciadores digitais vai te ajudar a navegar nessa nova era das redes sociais.

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    Bem, se você acompanha meus artigos por aqui faz um tempo, já deve estar cansado de ler que “mensurar a qualidade de um perfil com base no número de seguidores já era”. Somado a isso, curtidas e comentários em posts collab também estão perdendo relevância. No lugar, surgem as comunidades engajadas – e é nelas que o jogo está sendo reinventado.

    Como gosto de matar a cobra e mostrar o pau, um exemplo claro do que eu estou falando está no seu comportamento nas redes sociais. Dê uma olhada no seu Instagram e me diga quantos canais de transmissão você segue? E grupos no Telegram ou comunidades de apoiadores de YouTubers e podcasters? Aposto que está de queixo caído!

    E esse senso de comunidade está impulsionando três grandes mudanças:

    1. Alta de conteúdo cada vez mais nichado e especializado, porque as pessoas estão buscando profundidade, a opinião do expert.

    2. Conversas migrando para o direct, grupos privados e mensagens, em um movimento claro em busca de conexões mais genuínas e menos performáticas.

    3. Influencers como curadores de relacionamento, porque eles já entenderam que o futuro não está em falar para multidões, mas em construir diálogos significativos.

    E é aqui que as marcas, sejam pessoais ou corporativas, precisam prestar atenção.

    Mimetizando as redes sociais

    A produção de conteúdo, o posicionamento de marca e a gestão de comunidade são os três pilares que fazem dos influenciadores digitais verdadeiros cases de sucesso, e a seguir vou mostrar como aplicá-los para transformar a forma como se conecta com seu público.

    Produção de conteúdo: do monólogo ao diálogo

    Influencers não falam para o público, falam com ele. Eles transformam posts em conversas, stories em trocas e reels em debates.

    E você pode implementar isso na sua estratégia construindo um conteúdo que provoque interação, abordando assuntos que estão em alta no seu setor ou na sociedade e que faz sentido para sua marca falar.

    Inclua nele perguntas abertas, enquetes ou desafios. Outra opção é usar o direct, canais de transmissão e grupos privados para oferecer valores especiais e acessos prioritários como dicas e pré-lançamentos.

    Posicionamento: autenticidade > perfeição

    Enquanto muitas empresas e líderes de marketing ainda travam uma guerra por produções impecáveis, influenciadores prosperam mostrando o lado humano por trás do conteúdo.

    E você pode fazê-lo usando uma linguagem mais casual, como um bate-papo na copa. Também estreita os laços, o compartilhamento de seus bastidores, os erros e os aprendizados.

    Gestão de comunidade: do público à tribo

    Hoje, eles não querem mais seguidores e sim comunidades. E é essa conexão que faz com que uma recomendação deles valha mais do que mil anúncios.

    Marcas também podem ter suas tribos e conectar seu povo via grupos no WhatsApp, Telegram ou Discord. Por lá, envolva a galera na cocriação de produtos e campanhas.

    O que vem por aí?

    As regras do jogo mudaram. Não basta ter um perfil bonito e posts bem produzidos, é preciso estar presente onde as conversas realmente acontecem. Para isso:

    • Invista em comunidades, não apenas em seguidores.
    • Entenda que antes da venda, vem a conversa.
    • Seja humano, mesmo que sua marca seja grande.

    O desafio final? Deixar de ser apenas uma voz no feed e se tornar parte ativa da vida digital do seu público. Quem conseguir fazer essa transição não só sobreviverá aos novos tempos das redes sociais – mas liderará a mudança.

    Luana Clara é sócia da LaPresse Comunicação.