Ney Matogrosso enfrentou problemas de relacionamento com o pai, um militar conservador, durante a vida. Entretanto, o irmão mais velho do cantor, nascido em 1938, foi batizado com o nome de Gay de Souza Pereira em homenagem ao coronel João Pedro Gay, um dos incentivadores do casamento entre Matto Grosso e Beíta de Souza Pereira.
A história foi relatada no livro Ney Matogrosso – A Biografia, publicado por Julio Maria, em 2021. Ainda no quartel, Matto Grosso se casou com Beíta em Bella Vista Norte, localizado às margens do Rio Apa, que dividia a cidade paraguaia de Bela Vista do Mato.
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Na ocasião, era proibido que os recém-incorporados, como o pai de Ney, se casassem antes dos cincos anos no cargo militar. Entretanto, ele não seguiu a regra e foi ao Paraguai para subir ao altar. Para a travessia, ele recebeu a ajuda e companhia do tenente Gray e do coronel João Pedro Gay.
Em 1938, quando o primeiro filho do casal nasceu, Matto Grosso decidiu homenagear o coronel e batizou o primogênito de Gay se Souza Pereira — Ney Matogrosso nasceu três anos depois. No século XVII, o termo era utilizado para “designar imoralidades de toda origem” e, no XIX, para se “referir às prostitutas e aos heterossexuais promíscuos e que tinham muitas mulheres”.
O termo passou a ser utilizado para se referir a homossexuais em 1920, mas ainda não havia chegado em Bela Vista, algo que só aconteceu em 1940. Anos depois, quando julgou ter dado ao filho uma condenação moral, sugeriu que Gay mudasse seus documentos para se livrar da injúria”, diz o livro.
Entretanto, Matto Grosso recebeu uma resposta inesperada do filho. “Não precisa, pai. Quero que as pessoas me respeitem com o nome que eu tenho”, declarou.