Para combater a onda de violência no Sistema Único de Saúde (SUS) do Distrito Federal, a Secretaria de Saúde decidiu instalar 12.108 câmeras de monitoramento em hospitais, postos e demais unidades de atendimento.
A nova rede de vigilância eletrônica terá também 5.894 dispositivos de controle de acesso, como leitores biométricos (facial e digital), detectores de metal e cancelas automatizadas.
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A Secretaria de Saúde decidiu instalar 12 mil novas câmeras na rede pública do DF
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Profissionais de saúde tem sido vítimas de violência na rede pública
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O Iges-DF também decidiu instalar câmeras
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A cada 63 horas, em média, um profissional de saúde é vítima de violência
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Conforme noticiado pela coluna Grande Angular, após o aumento da violência, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges-DF) também decidiu instalar câmeras de segurança.
Segundo a secretaria, atualmente, a rede pública conta com um efetivo total de 2.428 vigilantes ativos, distribuídos entre unidades assistenciais e administrativas. O contratos são de segurança patrimonial.
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Diante do aumento dos casos de violência, a pasta está formalizando termos aditivos para conseguir o acréscimo médio de 167 novos postos de vigilância.
“A SES repudia veementemente qualquer ato de violência contra os profissionais de saúde, que diariamente se dedicam ao cuidado e bem-estar da população”, pontuou a pasta.
Iges-DF
Além das câmeras, o Iges-DF decidiu adotar o sistema GLPI Segurança, que permite o registro e a comunicação de ocorrências em tempo real.
O instituto afirmou também que passou a investir na capacitação dos profissionais da área, promovendo treinamentos e atualizações periódicas sobre protocolos de abordagem.
O instituto tem 619 vigilantes. “De forma estratégica e gradativa, o IgesDF está ampliando seu efetivo de vigilantes, sempre considerando o equilíbrio econômico e a demanda de cada unidade”, acrescentou.
Veja a distribuição de vigilantes do Iges-DF:
- Unidades de Pronto Atendimento (UPAs): 286 profissionais atuando nas 13 unidades;
- Hospital Regional de Santa Maria (HRSM): 148 vigilantes;
- Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF): 180 vigilantes;
- Hospital Cidade do Sol (HCSol): 5 vigilantes.
63 horas
Segundo pesquisa da Polícia Civil (PCDF), entre 1º de janeiro de 2022 e 31 de maio de 2025, foram registradas 475 ameaças e agressões contra profissionais de saúde no DF. Ou seja, em média, a cada 63 horas um servidor responsável por salvar vidas é vítima de violência no DF.
O levantamento mapeou os casos de vias de fato, lesão corporal, dano ao patrimônio e ameaça na rede pública.
Em média, houve o registro de um crime violento a cada 2,6 dias contra médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais de hospitais, unidades de pronto atendimento (UPAs) e demais pontos de atendimento.
Em 2022, houve registro de 109 crimes contra profissionais de saúde. Ao longo de 2024, o número saltou para 159. Ou seja, percentualmente, houve crescimento de 45%. Entre janeiro e maio de 2025, houve registro de 67 casos. No mesmo período do ano anterior, foram 72.