Raul Seixas, cantor que marcou uma geração nos anos 1970 e 1980, completaria 80 anos neste sábado (28/6). O músico era tão popular no Brasil que ficou conhecido como o pai do rock brasileiro.
O artista ganhou o apelido, principalmente, por ser um dos pioneiros do rock no país. Irreverente, provocador e autêntico, Raul Seixas levou o gênero para as camadas mais populares da sociedade e influenciou uma geração de artistas.
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Raul Seixas é um dos ícones do rock nacional
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Em depoimento exibido no documentário Raul: O início, O Fim e O Meio, do diretor Walter Carvalho, Raul Seixas definiu como levava a carreira:
“Minha música não vem propor nenhuma verdade absoluta, porque verdade absoluta não existe. E eu venho, assim, com a música, apenas, abrir as portas para que as verdades individuais possam surgir livremente.”
Cantor e compositor, Raul Seixas mesclava as sonoridades de um rock americanizado com gêneros brasileiros, como o forró e o baião, e trazia críticas sociais e políticas nas músicas. Fã de Elvis Presley e também de Luiz Gonzaga, o artista tinha fácil adaptação musical.
Ele estourou em 1973 com o disco Krig-ha, Bandolo!. Ao todo, foram 21 discos lançados em 26 anos de carreira. O cantor é voz de grandes sucessos como Metamorfose Ambulante, Maluco Beleza, Sociedade Alternativa, Ouro de Tolo, Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás e Tente Outra Vez.
O que causou a morte precoce de Raul Seixas?
Raul Seixas morreu em 21 de agosto de 1989, em São Paulo, aos 44 anos, após uma pancreatite crônica e hipoglicemia.
O cantor chegou a fazer uma cirurgia para retirar parte do pâncreas antes de morrer, mas a doença foi agravada pela diabetes que ele tinha e também pelo abuso no uso de drogas e consumo de bebida alcoólica.
O músico também precisou conviver com hipertensão, problemas no fígado e depressão, segundo relatos de Kika, terceira esposa dele, no livro Coisas do Coração, publicado em 2021.