Policiais civis da Delegacia Especial de Atendimento ao Turismo (Deat), com apoio de agentes do 23º Batalhão (Leblon), no Rio de Janeiro, realizaram, na semana passada, uma operação para combater o crime de furto mediante fraude.
A investigação, iniciada após denúncias feitas por turistas, apontou diversos crimes cometidos por vendedores ambulantes e também por motoristas de aplicativo. A apuração revelou, por exemplo, que um vendedor teria cobrado R$ 300 por um milho e outro, R$ 22 mil por uma garrafa de água.
Os alvos da operação foram pessoas envolvidas na adulteração de maquininhas de cartão para aplicar golpes em turistas na zona sul do Rio. Treze suspeitos foram detidos na Praia de Ipanema. Eles foram liberados após identificação, e os equipamentos, apreendidos.
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De acordo com a delegada Patrícia Alemany, titular da Deat, muitos turistas relataram que, ao comprar comida ou bebida na praia, os valores informados nas maquininhas eram adulterados. Quando percebiam, já haviam pago R$ 20 mil por uma caipirinha, ou até R$ 1 mil por um queijo coalho ou um cigarro, por exemplo.
“Nos últimos três meses, os casos que chegaram até nós incluíram ainda um homem que vendeu um biscoito Globo por R$ 3 mil e outro que vendeu uma água por R$ 22 mil”, reforçou a delegada.
Segundo ela, os próximos passos envolvem o reconhecimento dos suspeitos pelas vítimas e o pedido de quebra de sigilo das maquininhas, para identificar os beneficiários das transações fraudulentas.
A delegada alertou ainda para os pontos mais críticos, por serem os mais frequentados por falsos ambulantes: entre os postos 8 e 9 de Ipanema, e o trecho entre a Avenida Princesa Isabel e o Posto 3, em Copacabana — ambos populares entre os turistas.
“Não podemos criminalizar o trabalhador, mas, infelizmente, há muitos criminosos infiltrados. Se não for possível ver claramente o valor no visor da maquininha, recuse o pagamento por cartão e prefira o dinheiro em espécie”, orienta Patrícia.