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    Presidente do Irã avalia participação na Cúpula do Brics

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    O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, pode desembarcar no Brasil no início de julho para participar da Cúpula de Chefes de Estado do Brics, marcada para os próximos dias 6 e 7. Segundo o embaixador do Irã no Brasil, Abdollah Nekounam, a possibilidade da vinda do líder iraniano tem sido avaliada.

    “Até neste momento, nós estamos na fase de programação, para essa possibilidade para o senhor presidente da República Islâmica do Irã, dr. Masoud Pezeshkian, possa vir a cúpula do Brics”, disse.

    O Irã é membro do Brics desde 2024, quando foi efetivada a incorporação de seis novos países ao bloco. Além dele, passaram a compor o grupo Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Indonésia.

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    A possível visita do presidente iraniano ocorre em um momento de instabilidade política no Oriente Médio. Nas últimas semanas, as tensões aumentaram após a ofensiva de Israel contra instalações nucleares e líderes militares do Irã. Após retaliações e a entrada dos Estados Unidos no conflito, líderes chegaram a um acordo de cessar-fogo, que colocou uma trégua nas hostilidades.

    Em um comunicado conjunto, o Brics condenou os ataques militares contra Teerã e classificou a ofensiva como uma violação ao direito internacional.

    “Diante do aumento das tensões, cujas consequências para a paz e a segurança internacionais, bem como para a economia global, são imprevisíveis, ressaltamos a necessidade urgente de romper o ciclo de violência e restaurar a paz. Conclamamos todas as partes envolvidas a engajarem-se, por meio dos canais de diálogo e diplomáticos existentes, com vistas a desescalar a situação e resolver suas divergências por meios pacíficos”, diz a nota.

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    Ausência de lideranças

    Enquanto a vinda do líder iraniano é avaliada, a ausência de dois grandes nomes do grupo já é dada como certa. Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, não devem comparecer ao evento. A delegação chinesa será representada pelo primeiro-ministro Li Qiang.

    Já Putin, ameaçado por um mandado de prisão em aberto pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), deve participar do encontro por videoconferência e enviará o chanceler Sergei Lavrov.