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    Projeto transforma vielas das periferias de SP em parques comunitários

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    Nas periferias de São Paulo, as vielas são pontos de passagem para moradores. Para reforçar a potencial função social, com direito a uma pitada essencial de lazer, um projeto do coletivo Circo de Québra transforma esses espaços em parques comunitários.

    A iniciativa começou com o chamado Parque de Québra, criado no bairro Jardim São Luiz, na zona sul. No local, uma escadaria recebeu brinquedos, grafites e até uma horta, sempre acessível para quem passa por lá.

    7 imagensCrianças desenharam quais brinquedos gostariam que estivessem no localA criançada aproveita o parque comunitárioTodas as intervenções ocorreram com a presença ativa dos moradoresA população ajudou na instalação dos brinquedosMoradores também ajudam na manutenção do espaçoFechar modal.1 de 7

    O Parque de Québra foi criado no bairro Jardim São Luiz

    Parque de Québra/Divulgação2 de 7

    Crianças desenharam quais brinquedos gostariam que estivessem no local

    Parque de Québra/Reprodução3 de 7

    A criançada aproveita o parque comunitário

    Parque de Québra/Divulgação4 de 7

    Todas as intervenções ocorreram com a presença ativa dos moradores

    Parque de Québra/Divulgação5 de 7

    A população ajudou na instalação dos brinquedos

    Parque de Québra/Divulgação6 de 7

    Moradores também ajudam na manutenção do espaço

    Parque de Québra/Divulgação7 de 7

    Viela antes das intervenções

    Parque de Québra/Divulgação

    Parques comunitários em vielas

    Para colocar em prática a ideia, crianças da comunidade foram convidadas a desenhar quais equipamentos de diversão elas gostariam que estivessem à disposição, como escorregador e amarelinha. Em 2021, o resultado foi concretizado.

    “Nós, moradores das periferias, sabemos que, muitas vezes, dentro dos bairros, as vielas são como não lugares, pontos de descarte, acumulo de lixo etc. Nossa proposta de criar parques nas vielas se torna de extrema relevância”, avalia Wandré Gouveia, fundador do Circo de Québra. “Assim, esses lugares que seriam somente de passagem, se tornam pontos de convivência e integração da sociedade ali presente, promovendo engajamento dos moradores oferecendo ideias, elaborando desenhos e promovendo o cuidado do parque”.

    O idealizador também destaca a necessidade de manutenção do parque. “É fundamental que haja maiores investimentos para que os brinquedos e demais elementos continuem impactando positivamente o território, sempre com o cuidado de preservar a essência do projeto, que se baseia no estudo das características e da arquitetura do espaço”, destaca Gouveia.

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    A proposta inspirou outras comunidades, como a viela da Travessa Inácio Martins de Santana, do bairro da Cohab II Itaquera, na zona leste da capital paulista. Atualmente, são realizadas intervenções urbanísticas e ambientais por meio de hortas comunitárias, em parceria com o Grupo da Mata.