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    Quem são os influencers brasileiros presos em meio à guerra em Israel

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    No meio do atual confronto militar entre Israel e Irã, que já dura quatro dias e inclui bombardeios em solo iraniano e ataques com mísseis e drones em cidades israelenses como Teerã e Tel Aviv, dois influenciadores brasileiros viralizaram por estarem em plena guerra — por convite do Consulado de Israel para a Parada LGBTQIAPN+ em Tel Aviv. tratam-se de Beto Martinne e Murilo Lorran.

    Quem são os influenciadores

    Beto Martinne é ator e influenciador digital que ganhou destaque com vídeos de dublagens e coreografias no TikTok e Instagram, usando humor e irreverência — inclusive em imitações públicas .

    Murilo Lorran é digital creator e modelo, famoso por vídeos de lip-sync, dança e comédia. Com mais de 3 milhões de seguidores no TikTok, ele já acumulou mais de 75 milhões de visualizações em um de seus conteúdos, além do visual marcante com cabelo cacheado.

    Beto Martinne e Murilo Lorran ganharam grande repercussão recentemente nas redes sociais com vídeos onde aparecem juntos fazendo catwalking — um desfile de passarela, geralmente associado ao mundo da moda, em que a pessoa caminha com postura, estilo e atitude marcantes. Essa prática tem sido adotada por influenciadores como forma de expressão artística e celebração da cultura LGBTQIAPN+.

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    Relatos de Beto Martinne em meio ao conflito

    Beto Martinne publicou, em meio à tensão na região, mensagens nas redes informando sobre a situação. Em uma delas — que depois foi apagada — declarou:

    “Oi gente, desculpa o sumiço, as coisas por aqui estão bem caóticas e estamos tomando o máximo de cuidado. Estamos bem, nos protegendo, sempre em alerta. Nunca imaginei que fosse vivenciar isso… viemos para absorver as vivências da comunidade LGBTQIAPN+ e isso tudo aconteceu”, escreveu ele em seu perfil no X, antigo Twitter.

    Nos stories de seu perfil no Instagram, ele contou: “Estamos bem, em segurança, nos protegendo e recebendo todo suporte necessário para ficar em segurança máxima durante todos os bombardeios! Estamos no aguardo de novas informações de quando conseguimos voltar ao Brasil, infelizmente o aeroporto de Tel Aviv está fechado e sem previsão de abertura.”

    Relato compartilhado pelo influenciadorBeto Martinne no Instagram.
    Relato compartilhado pelo influenciadorBeto Martinne no X.
    Relato compartilhado pelo influenciadorBeto Martinne no X.

    Influenciador foi criticado

    O influenciador decidiu apagar os conteúdos após ser alvo de críticas de internautas, que questionaram sua ida a uma região considerada de risco. Em resposta, Beto chegou a se pronunciar nas redes sociais cerca de cinco dias antes do início do conflito.

    “Oi amor, sim, regiões específicas do país estão em guerra. Viemos a convite do Consulado para celebrar a Parada LGBTQIAPN+ em Tel Aviv, celebração que acontece todos os anos. Essa área é uma das mais seguras, pode ficar despreocupado.”

    Em seu perfil no X, após as críticas, o influenciador desabafou: “Ai quanta gente podre! não vale a pena. só sei que tô com meu psicológico arrasado e querendo voltar pra casa!”

    4 imagensO influenciador Murilo LorranO influenciador Beto MartinneOs influenciadores Murilo Lorran e Beto MartinneFechar modal.1 de 4

    O influenciador Murilo Lorran

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    O influenciador Murilo Lorran

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    O influenciador Beto Martinne

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    Os influenciadores Murilo Lorran e Beto Martinne

    Reprodução/Redes sociais.

    Entenda

    Desde 13 de junho de 2025, Israel lançou a “Operação Rising Lion”, atacando instalações militares e nucleares no Irã, incluindo o complexo de Natanz e bases do IRGC. Em resposta, o Irã disparou mais de 150 mísseis e 100 drones contra território israelense — inclusive cidades como Tel Aviv e Haifa — causando dezenas de mortes e centenas de feridos.

    O conflito já vitimou ao menos 224 iranianos e mais de 24 israelenses, além de provocar evacuações em grandes centros como Teerã e impacto direto no fechamento do aeroporto de Tel Aviv. O cenário atual agrava a tensão regional, com alertas sobre possível escalarização militar e risco humanitário.