A relação com a balança nem sempre é simples. Em tempos de cultura da performance e padrões estéticos cada vez mais rigorosos, pesar-se com frequência pode parecer uma forma de autocuidado — mas, na prática, pode se tornar um fator de estresse, ansiedade e distorção da própria imagem corporal.
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O peso corporal oscila naturalmente, variando ao longo do dia e da semana por conta de fatores como retenção de líquidos, alimentação, sono e ciclo menstrual. Por isso, a recomendação é clara: monitorar o peso deve ser feito com propósito e equilíbrio — nunca como uma obsessão.
A frequência ideal depende do contexto de cada pessoa. Para quem está em um processo de emagrecimento acompanhado por um profissional, pesar-se uma vez por semana ou a cada 15 dias pode ser suficiente. Já para quem está apenas mantendo hábitos saudáveis, uma vez por mês ou até com menos frequência pode ser o bastante.
Por outro lado, o monitoramento diário — sem orientação — pode gerar frustração e alimentar uma relação disfuncional com o corpo. O mais importante, segundo os especialistas, é não reduzir a saúde a um número na balança. Medidas como composição corporal, exames laboratoriais, nível de energia, sono e bem-estar emocional são tão ou mais importantes que o peso isoladamente.
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A dica é simples, mas essencial: a balança é uma ferramenta, não um juiz. O cuidado com a saúde deve ser constante — mas com mais escuta interna e menos cobrança externa.
(*) Juliana Andrade é nutricionista formada pela UnB e pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional. Escreve sobre alimentação, saúde e estilo de vida