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Sardinha: o que a nova obsessão da moda diz sobre o momento atual

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Sardinha: o que a nova obsessão da moda diz sobre o momento atual

Depois de uma infinidade de modas “core” – como cottagecore, barbiecore e brazilcore – nos últimos anos, o verão 2025 no Hemisfério Norte tem uma nova trend para chamar de sua, e tem a ver com sardinhas! Isso mesmo: o peixe enlatado dos supermercados é a nova obsessão mediterrânea na moda, assim como frutos do mar em geral.

Vem entender como isso está ocorrendo e qual é o possível significado por trás!

Clique nas ruas de Milão com a bolsa Sardine, da grife Bottega Veneta

Sardinha na moda

As referências alimentares marinhas aparecem na forma de estampas, acessórios e bolsas de marcas como Bottega Veneta e J.Crew. Até varejistas como a Renner e a C&A já embarcaram na ideia. Em maio, as buscas por “bolsa de sardinha com miçangas” tiveram um aumento de 300% no Google, enquanto o mesmo mês registrou o dobro de pesquisas por “vestido de sardinha”.

Camiseta com estampa de sardinha da J.Crew

 

Esta é da C&A

 

Aqui, um modelo da Renner

Símbolo lúdico

As versões com detalhes inspirados em sardinhas da bolsa de miçangas Tommy, da marca Staud, ganharam um fã clube cativo no TikTok. A inspiração no peixe foi introduzida despretensiosamente no ano passado como um elemento divertido, conforme contou a diretora criativa da marca, Sarah Staudinger, a uma revista estrangeira.

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“Tentamos incorporar um símbolo lúdico em cada coleção, e as sardinhas pareceram a escolha perfeita”, contou a designer por trás da Staud, sediada em Los Angeles. “Elas me lembram instantaneamente de longos e preguiçosos almoços de verão no Mediterrâneo — há algo tão nostálgico e emblemático nelas.”

Na galeria abaixo, veja exemplos de peças da Staud que carregam esses elementos:

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Bolsa Tommy versão Staudines, da marca Staud

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Bolsa Tommy com estampa de sardinhas, da marca Staud

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Vestido com estampa de sardinha da marca Staud

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Bolsas em formato de peixe da marca Staud

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Peças em formato de peixe da marca Staud

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Bolsa em formato de peixe da marca Staud

Staud/Divulgação

 

Estética da indulgência

O flerte da moda com a gastronomia tem um histórico. As grifes Schiaparelli e Moschino já interpretaram comida como elemento fashion, de lagostas a sanduíches. Sem falar no uso do couro descartado da indústria alimentícia, como o bovino ou o de pirarucu.

No entanto, apesar de não ser um fenômeno recente, a relação entre as duas áreas, com abertura de cafés “grifados” e alimentos aparecendo em campanhas, ganhou maior evidência no passado recente. O detalhe reflete, possivelmente, um recorte da economia atual.

Vestido Lagosta, de Elsa Schiaparelli com Salvador Dalí

É como se a comida, que deveria ser algo acessível e simples, tivesse se tornado um elemento de indulgência para a publicidade. Em tempos de alta no preço dos alimentos, doces, hortaliças, massas (e agora peixes) viraram, sob essa ótica, símbolos de ostentação.

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