MAIS

    Servidor encoxa e toca seio de alunas para apontar nome no jaleco

    Por

    O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT) demitiu o assistente de laboratório Vagno Alves de Melo, em julho de 2018, depois de acusações de encostar no seio de uma estudante e de encoxar outra. Os atos remontam ao período de abril a novembro de 2017.

    “Os depoimentos das testemunhas, bem como tudo que se desenrolou a partir de então, demonstram a prática de comportamento inadequado do acusado, tal qual encostar no seio da aluna sob o pretexto de apontar seu nome no jaleco e encoxar em outra aluna, aproveitando-se da oportunidade de instruí-la em aula de laboratório”, detalha o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) obtido pela coluna.

    Vagno disse à comissão do PAD que todas as acusações são falsas, com base em falácias. O servidor afirmou, ainda, que as estudantes não gostavam dele e, por isso, teriam inventado a denúncia. A reportagem não conseguiu localizar a defesa do servidor.

    Ao Metrópoles, o IFMT informou, em nota, que já regulamentou e estabeleceu um fluxo de procedimentos institucionais para os casos de denúncias contra estudantes. A instituição afirmou seguir as diretrizes e normas estabelecidas pelo governo federal e pelos órgãos de controle acerca do tema.

    Leia também

    Nesta terça-feira (24/6), o Metrópoles publica a reportagem O assédio sexual nos câmpus em 128 atos. A investigação jornalística analisou processos administrativos disciplinares (PADs) sobre assédio sexual e conduta de conotação sexual instaurados em universidades e institutos federais de ensino.

    Os casos analisados envolvem ao menos 265 vítimas e 132 acusados. Os registros foram organizados em um mapa por localidade e por instituição de ensino. Há relatos de agressões em todos os 26 estados e no Distrito Federal, o que comprova a recorrência das investidas, de norte a sul. Esse aqui o mapa interativo.