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    Só uma bomba fará Tarcísio renunciar para tentar Presidência, diz Afif

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    O secretário de Projetos Estratégicos do governo paulista, Guilherme Afif Domingos (PSD), afirma que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) será candidato à reeleição em 2026, “a não ser que caia uma bomba”, e compara o chefe do Palácio dos Bandeirantes a uma locomotiva. “Quem se puser na frente será atropelado”, diz.

    Aliado de Gilberto Kassab (PSD) e homem de confiança de Tarcísio desde a campanha de 2022, Afif (foto em destaque) diz que o governador de São Paulo está tocando projetos pensando em um segundo mandato.

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    Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro

    Isabella Finholdt/ Metrópoles2 de 9

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos)

    Pablo Jacob/Governo de SP3 de 9

    Os governos Lula e Tarcísio divergem sobre modelo do leilão do novo terminal de contêineres de Santos (Tecon Santos 10)

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    Nos bastidores, crescem as sondagens de da chapa Tarcísio-Michelle, uma forma de garantir o perdão ao ex-presidente

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    Marcos Pereira, Hugo Motta e Tarcísio de Freitas, líderes do Republicanos

    Divulgação/Republicanos6 de 9

    Tarcísio durante o leilão dos trens Intercidades

    Bruno Ribeiro/Metrópoles 7 de 9

    Tarcísio de Freitas com bandeira de Israel na Marcha para Jesus

    Valentina Moreira/Metrópoles8 de 9

    Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro

    Reprodução/Instagram9 de 9

    O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas

    DANILO M. YOSHIOKA/ESPECIAL METRÓPOLES @danilomartinsyoshioka

    “Ele é candidato à reeleição, a não ser que caia uma bomba. Nas condições de previsão do tempo pela frente, ele vem para a reeleição. Converso com ele todo dia. [Em São Paulo], não tem para ninguém. Nem do lado de lá [oposição], nem internamente. Ninguém vai se meter. Política é assim”, disse o secretário de Tarcísio, em entrevista ao Metrópoles.

    “Ele é uma locomotiva. Está tocando um projeto com força, visando o processo da reeleição para completar o seu processo. Quem se puser na frente vai ser atropelado”, completou Afif.

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    Aos 81 anos, Guilherme Afif já disputou uma eleição presidencial, em 1989, quando Fernando Collor derrotou Lula. Segundo ele, há um desejo do meio político e de segmentos econômicos para que Tarcísio seja candidato ao Palácio do Planalto, mas que o governador está focado em entregas da sua gestão.

    “Você vai na Faria Lima, eles querem o Tarcísio urgente. Vai nos pecuaristas, é Tarcísio, Tarcísio. Não é a posição dele. Ele está quieto. Pode ver que não tem agenda dele que não seja voltada a São Paulo e as entregas”, declara Afif.

    O secretário ainda avalia que, diferente da disputa pela reeleição, o caminho para Tarcísio chegar à Presidência da República seria difícil. “Não está definido lá em cima. Não é uma nomeação. Isso eu falo para ele todo dia e ele concorda. É uma disputa difícil. Aqui não é”, diz Afif.

    As últimas pesquisas de intenção de voto têm mostrado, no geral, que Tarcísio está tecnicamente empatado com Lula em um eventual segundo turno na corrida presidencial.

    Centro Administrativo

    • Guilherme Afif é o coordenador do projeto da gestão Tarcísio de transferir a sede do Governo de São Paulo do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, na zona oeste, para os Campos Elíseos, na região central da capital.
    • Na última terça-feira (24/6), o governo publicou o edital para a concessão do novo centro administrativo do Executivo estadual.
    • O cronograma prevê a entrega das propostas dos interessados até 6 de outubro. Os envelopes serão abertos em 10 de outubro na sede da B3, a Bolsa brasileira. Com valor estimado em R$ 5,43 bilhões, o novo centro tem entrega prevista para 2030.

    “O Benini [Rafael Benini, secretário de Parcerias em Investimentos] está na China conversando com investidores que têm interesse. Há o interesse de construtores e investidores. O construtor vai precisar buscar dinheiro. E nós oferecemos as garantias necessárias do projeto em 30 anos. Então, nossa missão nos próximos 90 dias é conversar com os interessados com um projeto na mão”, diz Afif.

    Segundo o secretário, construtoras nacionais vêm demonstrando interesse na concessão. “Todas elas têm capacidade de fazer. São grandes. Mas o recurso de longo prazo tem que buscar nos fundos. Eles mesmo negociam”, explica.

    Sobre o destino do Palácio dos Bandeirantes, atual sede do governo, Afif diz que o governador continuará morando no local e que o Palácio Campos Elíseos será seu ambiente de trabalho. Ele afirma, no entanto, que ainda não há uma definição sobre o que será feito com as instalações do imóvel fora da ala residencial. “O tempo vai dizer”, diz.

    “Pode ser que outro governador que venha e queira morar no Campos Elíseos. Você já tem que deixar preparado uma aula residencial lá, ao lado do escritório. Até porque eu acho que vai ser uma pressão para o destino disso aqui. E não vai ser museu. Já estamos cheios de museu”, opina.