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    Termômetro da relação, 34 músculos envolvidos e milhões de bactérias trocadas: veja o que a ciência diz sobre o beijo na boca

    Por g1

    Beijar na boca é bom – e nisso a humanidade toda está de acordo. No entanto, mais do que uma demonstração de amor e desejo sexual, o beijo pode ser revelador, segundo a ciência.

    O ato de beijar provoca um turbilhão de hormônios e pode ativar mais de 30 músculos, além de promover a troca de milhões de bactérias pela saliva.

    O que pesquisadores que estudam relacionamentos destacam é que ele tem ainda outro propósito: o beijo serve como um termômetro da relação e a falta dele pode ser um sinal de que algo não vai bem. Inclusive, o de que o amor acabou.

    Na véspera do dia dos namorados, o g1 separou uma lista de perguntas e respostas sobre o beijo na boca que podem te ajudar a entender esse gesto e analisar como anda a sua relação. Confira abaixo:

    Quando os seres humanos começaram a se beijar?

    A primeira menção ao beijo na boca como demonstração de desejo, com conotação sexual, é de 2.500 a.C. na antiga Mesopotâmia, onde ficam hoje o Iraque e a Síria. A descoberta foi publicada na revista Science — uma das mais renomadas no meio científico.

    🔍 Os registros foram encontrados em textos mitológicos sobre deuses. Um deles, descrito no chamado Cilindro de Barton, um artefato de argila da Mesopotâmia com inscrições cuneiformes, conta uma história de envolvimento sexual entre duas divindades, que é selada com um beijo:

    “(…) com a deusa Ninhursag, ele teve relações sexuais. Ele a beijou. E preencheu seu ventre com o sêmen de sete gêmeos.

    O pós-doutor em psicologia evolucionista Marco Antonio Varella, que já estudou a relação do beijo no comportamento humano, explica que o gesto entre casais pode ter sido uma evolução do cuidado maternal e paternal na evolução humana.

    ➡️ Nos primórdios, os pais alimentavam os filhos mastigando o alimento e entregando em um encontro de boca com boca.

    Isso pode indicar que o amor filial e o beijar para alimentar possam ter sido cooptados ao longo da evolução humana para também funcionar na parceria romântica indicando afeto, comprometimento e disposição para cuidado. Isso pode ter acontecido conforme fomos ficando mais monogâmicos no início do gênero Homo há 2,5 milhões de anos.
    — Marco Antonio Varella, pós-doutor em psicologia evolucionista.
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