O advogado Marco Antônio de Vicente Júnior, que se apresenta nas redes sociais como Marco Vicenzo, é investigado por supostamente “tumultuar” blitz, incitar a prática de crimes e divulgar fake news.
Além de gravar e divulgar vídeos contra operações realizadas pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) e supostos abusos praticados por agentes, Vicenzo administra o grupo de WhatsApp “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, no qual são compartilhadas informações sobre a localização de fiscalizações.
Prints obtidos pela reportagem mostram que a foto de exibição do grupo “Terror do Detran” é do advogado. O telefone utilizado por Vicenzo aparece como administrador. Veja:
6 imagens
Fechar modal.
1 de 6
Vicenzo administra o grupo de WhatsApp “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, no qual são compartilhadas informações sobre a localização de fiscalizações
Reprodução/WhatsApp2 de 6
Vicenzo administra o grupo de WhatsApp “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, no qual são compartilhadas informações sobre a localização de fiscalizações
Reprodução/WhatsApp3 de 6
Vicenzo administra o grupo de WhatsApp “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, no qual são compartilhadas informações sobre a localização de fiscalizações
Reprodução/WhatsApp4 de 6
Vicenzo administra o grupo de WhatsApp “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, no qual são compartilhadas informações sobre a localização de fiscalizações
Reprodução/WhatsApp5 de 6
Vicenzo administra o grupo de WhatsApp “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, no qual são compartilhadas informações sobre a localização de fiscalizações
Reprodução/WhatsApp6 de 6
Vicenzo administra o grupo de WhatsApp “Terror do Detran – todos contra a máfia da multa”, no qual são compartilhadas informações sobre a localização de fiscalizações
Reprodução/WhatsApp
O Sindicato dos Servidores do Detran do Distrito Federal (Sindetran-DF) denunciou Vicenzo para a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), que determinou a abertura de inquérito policial para investigar o advogado. O caso é apurado pela 4ª Delegacia de Polícia (Guará II).
Segundo o Sindetran-DF, esse tipo de grupo em aplicativos de comunicação “compromete operações essenciais, permitindo que condutores irresponsáveis evitem a fiscalização e continuem colocando vidas em perigo”.
Leia também
Segundo o presidente do Sindetran-DF, Heitor Martins, “as ações irresponsáveis do advogado Vicenzo, que dissemina informações falsas e incita a população contra o Detran-DF, representam uma grave ameaça à segurança pública”. “Suas declarações, que desqualificam os servidores com ofensas e sugerem que infrações não devem ser punidas, violam o Código de Trânsito Brasileiro e incentivam o desacato, gerando hostilidade e colocando em risco tanto a população quanto os agentes de trânsito”, afirmou.
Vicenzo é acusado de incitar a população “a tumultuar” uma blitz realizada em São Sebastião (DF), “resultando em várias situações de confronto e aumento de desacatos”.
Em um vídeo que circula nas redes sociais, Vicenzo diz que as blitzes do Detran “não poderiam existir” e que o órgão não poderia “levar carro” em caso de IPVA atrasado, por exemplo. Porém, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) permite a remoção do veículo para o pátio, se a irregularidade não puder ser sanada no local.
Vicenzo disse que as declarações do sindicato é “desespero do Detran, porque ninguém nunca bateu de frente com eles”. “Querem arrumar algum motivo para me atacar e não conseguem provar nada do que alegam. Não conseguem provar o aumento do desacato e a minha influência nisso e não conseguem comprovar que eu tenho grupos para informar blitz”, afirmou, apesar de existirem prints que mostram o telefone dele no grupo.