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    Traumas múltiplos e hemorragia causaram morte de brasileira em vulcão

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    A autópsia realizada no corpo de Juliana Marins, brasileira encontrada morta após cair durante uma trilha em um vulcão na Indonésia, apontou que ela morreu em decorrência de um trauma contundente, que afetou os órgãos internos, além de hemorragia. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (27/6).

    Entenda o caso

    • Juliana Marins, de 26 anos, deslizou por uma vala enquanto fazia a trilha do vulcão Rinjani, em Lombok.
    • Ela viajou para fazer um mochilão pela Ásia e estava na trilha com outros turistas, que contrataram uma empresa de viagens da Indonésia para o passeio.
    • Após escorregar no caminho, ela só parou a uma distância de 300 metros de onde o grupo estava.
    • Informações preliminares indicavam que a brasileira teria recebido socorro; a família, porém, desmentiu esses rumores. Juliana aguardava resgate há quatro dias.
    • Por meio das redes sociais, a família da jovem confirmou que o salvamento foi interrompido nesta segunda-feira (23/6) por conta das condições climáticas na região. Nesta terça, Juliana foi encontrada morta.

    De acordo com o especialista forense, Ida Bagus Alit, foram encontrados “arranhões e escoriações, bem como fraturas no tórax, ombro, coluna e coxa. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”.

    “A vítima sofreu ferimentos devido à violência e fraturas em diversas partes do corpo. A principal causa de morte foram ferimentos na caixa torácica e nas costas”, apontou o médico, segundo a BBC News.

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    O corpo de Juliana Marins chegou ao Hospital Bali Mandara, em Bali, nessa quinta-feira (26/6), onde foi realizada a autópsia. Até o momento, não há evidências que indiquem que a morte tenha ocorrido muito tempo depois dos ferimentos.

    “Por exemplo: havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. A hérnia cerebral geralmente ocorre de várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos”, continuou Ida Bagus Alit.

    Ele estima que a brasileira tenha morrido cerca de 20 minutos após sofrer os ferimentos, embora seja difícil precisar o horário exato da morte. Informou ainda que não havia indícios de hipotermia, pois não foram observadas lesões características da condição, como machucados nas extremidades dos dedos.

    Quem era brasileira

    A brasileira de Niterói (RJ) Juliana Marins, de 26 anos, era publicitária e compartilhava diversas experiências em outros países nas suas redes sociais.

    Juliana tinha um perfil com mais de 20 mil seguidores nas plataformas digitais. Segundo sua conta no LinkedIn, a jovem já trabalhou em empresas do Grupo Globo, como Multishow e Canal Off.

    7 imagensGuia de Juliana VulcãoImagem colorida de Juliana Marins, enquanto aguarda resgate em vulcão da IndonésiaJuliana Marins, 26 anos, é a turista brasileira que caiu em um penhasco enquanto fazia uma trilha na IndonésiaFechar modal.1 de 7

    Juliana Marins

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    Imagem colorida de Juliana Marins, enquanto aguarda resgate em vulcão da Indonésia

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    Juliana Marins, 26 anos, é a turista brasileira que caiu em um penhasco enquanto fazia uma trilha na Indonésia

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    Juliana na trilha

    Redes sociais

    Além disso, formou-se em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e fez cursos de fotografia, roteiro e direção de cinema.

    Juliana também era dançarina profissional de pole dance e costumava se apresentar artisticamente. Ela compartilhava os registros de suas performances nas redes.