Um homem identificado pelo vulgo de “Falcão”, membro de uma facção que atua no Acre, foi preso por supostamente ter participado do tribunal do crime que condenou uma mulher a um linchamento brutal.
Yara Paulino, 28 anos, foi espancada até a morte, no meio da rua, após boatos de que teria matado a própria filha, uma bebê de 3 meses que à época havia sumido e, ainda hoje, permanece desaparecida.
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Informações divulgadas quando o crime ocorreu apontam que Yara era usuária de drogas e morava com três filhos na Cidade do Povo, em Rio Branco, no Acre.
Antes dessa detenção, a Polícia Civil do Acre (PCAC) já havia prendido oito pessoas envolvidas no crime. A última prisão ocorreu na última quinta-feira (29/5),
Falcão é apontado pelas investigações como um dos participantes ativos no espancamento que levou à morte da vítima. Ele foi localizado e capturado no mesmo bairro onde o crime aconteceu.
Outras pessoas foram presas em abril. Durante os interrogatórios, uma delas forneceu informações que permitiram à Polícia Civil chegar até Falcão.
Após ser detido, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde passou pelos procedimentos legais e, em seguida, foi colocado à disposição da Justiça.
Detalhes do crime
Duas semanas antes de ser submetida à sentença do tribunal do crime, Yara chegou avisou alguns vizinhos que sua filha de três meses havia sumido. Ela acusava o pai da criança de ter levado a menina sem sua permissão.
Após a notícia do desaparecimento, a foto da bebê foi colocada em um grupo de mensagens da comunidade. Apesar disso, o desaparecimento da bebê não havia sido informado à polícia.
Em 24 de março, moradores acharam uma ossada dentro de um saco de ração e imediatamente espalhou-se pelo bairro que os restos mortais seriam da criança e Yara Paulino quem teria matado a bebê.
No mesmo dia, membros de uma facção criminosa invadiram a casa de Yara e assassinaram a mulher.
A Polícia Civil do Acre segue em busca do paradeiro da criança. Dois dias depois do assassinato de Yara, a polícia inseriu os dados da criança na plataforma Amber Alert, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. A menina é descrita como branca, de olhos e cabelos castanhos.