O trisal formado por Priscila Mira, Marcel Mira e Regiane Gabarra, de Bragança Paulista (SP), conseguiu um feito inédito em sua trajetória familiar: registrar dois dos quatro filhos com o nome dos três pais na certidão de nascimento. Isabela, de 13 anos, e Pierre, de 3, agora têm oficialmente reconhecida a parentalidade tripla. “Foi uma sensação de igualdade, de pertencimento, de valorização, de reconhecimento”, diz Priscila.
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A conquista veio após um longo processo de validação jurídica e afetiva. Pierre, o caçula, nasceu em 2022 por fertilização in vitro, já fruto da relação do trisal. “O Marcel já era vasectomizado quando conhecemos a Re, mas ela tinha o desejo de gerar uma criança. Fizemos todo o processo e, na primeira tentativa, o Pi veio. É a raspa do tacho da família”, conta Priscila.
Inicialmente, o registro de Pierre foi negado no cartório, que não aceitou incluir Priscila como mãe. O trio buscou apoio jurídico e, 10 meses após o processo na Justiça, recebeu a certidão com os três nomes. “Para muita gente é só um papel, mas para nós é o reconhecimento de uma família. Agora posso participar da vida civil dele de forma igual”, afirma Priscila, mãe socioafetiva.
Com o registro de Pierre finalizado, foi a vez de Isabela. A menina, filha biológica de Priscila e Marcel, já considerava Regiane como mãe e desejava o reconhecimento oficial. Por ter mais de 12 anos, a inclusão foi feita diretamente no cartório, sem necessidade de decisão judicial. “Ela vibrou com a notícia e já quis trocar o RG. Brincamos que virou Gabarra [sobrenome de Regiane] legítima”, conta Priscila.
O trisal tem ainda outros dois filhos mais velhos: Reginaldo, 21, irmão biológico de Regiane, e Sara, 18. Ambos não demonstraram interesse em alterar seus registros. “A gente respeita o tempo e o desejo de cada um. Não forçamos ninguém”, explica Priscila.
A história de amor e afeto entre os três começou com uma amizade. Regiane, que vivia sozinha com o irmão após perder os pais, se aproximou de Priscila e Marcel. “Viramos uma família antes mesmo de sermos um trisal”, lembra Priscila. Após sete anos juntos, a família vê o reconhecimento nos documentos como um marco de igualdade. “Agora ninguém tira esse direito. Segurança é a palavra”, finaliza.