O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou a abertura de uma investigação, nessa quarta-feira (4/6), sobre o uso de “autopen”, uma espécie de caneta automática, durante o governo do ex-presidente Joe Biden. Segundo ele, auxiliares usavam o equipamento para assinar documentos e tomar decisões pelo democrata.
O autopen é um aparelho mecânico usado para reproduzir assinaturas autênticas. Presidentes dos Estados Unidos o utilizam há décadas. No entanto, Trump afirma que parte das ações de Biden são inválidas, porque teriam sido tomadas por auxiliares em nome do então presidente, em razão do que ele classifica de “declínio cognitivo”.
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“Essa conspiração é um dos escândalos mais perigosos e preocupantes da história americana”, escreveu Trump em um memorando. “O povo americano foi deliberadamente impedido de saber quem detinha o Poder Executivo, enquanto a assinatura de Biden era usada em milhares de documentos para implementar mudanças radicais”, completou.
Investigação
Conforme a determinação de Trump, a apuração do caso será conduzida pela procuradora-geral Pam Bondi e o conselheiro da Casa Branca, David Warrington.
Paralelamente, o presidente do Comitê de Supervisão da Câmara, James Comer, pediu depoimentos por escrito de cinco ex-assessores de Biden. Ele afirma que houve um “encobrimento” de “um dos maiores escândalos da história do país”.
“Esses cinco ex-conselheiros seniores testemunharam a condição de Biden e a forma como a Casa Branca era conduzida”, denunciou em nota. “Eles precisam comparecer ao comitê e dizer a verdade sobre o estado cognitivo do presidente e quem tomava as decisões.”
Comer citou ainda o livro “Original Sin”, que relata discussões internas na Casa Branca e no Partido Democrata sobre a saúde e a idade do então presidente. Segundo os autores, “cinco pessoas governavam o país, e Biden era, no máximo, um membro sênior do conselho”.
A família Biden nega o conteúdo do livro. “Essa obra é um conto político obsceno feito para alimentar a elite tagarela permanente”, rebateu Naomi Biden, neta do ex-presidente.
O parlamentar também quer ouvir o médico Kevin O’Connor, que cuidou da saúde de Biden. Intimações podem ser emitidas ainda nesta semana. Enquanto isso, democratas criticam as medidas.
Episódios confusos
Joe Biden deixou a corrida presidencial no ano passado, após um debate contra Trump em que perdeu a linha de raciocínio, deu respostas inaudíveis e trocou nomes de programas de governo.
O desempenho ruim levou a um aumento nas dúvidas sobre a idade e lucidez. Ele foi substituído na chapa por Kamala Harris, que acabou derrotada por Trump.