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    Veja como será retorno de políticos brasileiros que estavam em Israel

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    Um grupo de 12 políticos e autoridades brasileiras, incluindo dois prefeitos de capitais, foram retirados de Israel em direção à Jordânia. A saída se deu por meio terrestre, através de ônibus, nesta segunda-feira (16/6). De acordo com o Itamaraty, eles seguem rumo à Arábia Saudita, de onde contrataram um voo particular para retorno ao Brasil.

    Há ainda outras 27 autoridades convidadas que permanecem em Israel. O governo israelense apresentou proposta similar de evacuação por terra até a Jordânia nos próximos dias, para que, conforme a disponibilidade, embarquem em voos comerciais jordanianos de retorno ao Brasil.

    O que está acontecendo?

    • Na última quinta-feira (12/6), as Forças de Defesa de Israel dispararam uma “ofensiva preventiva” contra o programa nuclear do Irã.
    • O governo israelense já vinha, antes do ataque, subindo o tom contra contra o regime do aiatolá Ali Khamenei, com ameaças ao programa nuclear.
    • Nos últimos anos, o avanço nuclear do Irã incomodou a comunidade internacional. Israel, que é uma potência nuclear, via o avanço como uma ameaça.
    • Embora ambos os países sejam rivais históricos, o ataque levou ao aumento da instabilidade no Oriente Médio.

    “A operação foi viabilizada a partir de estreita coordenação mantida pessoalmente pelo Ministro das Relações Exteriores junto a seu homólogo jordaniano ao longo do fim de semana. As Embaixadas do Brasil em Amã e em Riade prestam apoio ao grupo”, afirmou o Itamaraty em nota.

    Além disso, a Embaixada do Brasil em Tel Aviv afirmou que tomou conhecimento de tentativas de golpes de parte de criminosos que, por mensagens de aplicativo, estariam oferecendo lugares em voos para deixar Israel. “Recorda-se que o espaço aéreo israelense segue fechado, sem previsão de reabertura”, salientou o Ministério das Relações Exteriores.

    Prefeitos em Israel

    O grupo de prefeitos que está em Israel, em meio ao conflito com o Irã, já atravessou a fronteira com a Jordânia e recebeu permissão das autoridades locais para ingressar naquele país.

    Em nota, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, confirmou a chegada em segurança da comitiva de gestores municipais à fronteira entre Israel e Jordânia. O tesoureiro da CNM, Nélio Aguiar, que integra a comitiva ao lado de prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e secretários de diversos municípios, repassou a informação.

    “Por questões de segurança, detalhes sobre o horário e o trajeto da comitiva não haviam sido divulgados previamente. Segundo informações repassadas por Aguiar neste momento (9h56 – horário de Brasília), a comitiva ultrapassou por ônibus a fronteira e está no país em deslocamento a outro ponto onde pegarão avião para retorno ao Brasil”, diz a CNM.

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    A informação também foi confirmada nesta segunda-feira (16/6) ao Metrópoles pelo deputado federal Mersinho Lucena (PP-PB). O parlamentar lidera uma missão para resgatar seu pai, o prefeito de João Pessoa (PB), Cícero Lucena, que se abrigava em um bunker na capital israelense, Tel-Aviv.

    Mersinho está na Arábia Saudita, onde acompanhou os trâmites para a liberação dos prefeitos na fronteira entre Israel e Jordânia. De acordo com ele, o pai está bem — alguns prefeitos do grupo optaram por permanecer em Israel, mesmo com o agravamento do conflito.

    “Está dando [certo a vinda do pai]. Eles [prefeitos] estão na fronteira aguardando entrar na Jordânia”, disse o deputado.