Portal Estado do Acre Notícias

25 de Março: ato contra Trump tem Bolsonaro preso e bandeira comunista

25-de-marco:-ato-contra-trump-tem-bolsonaro-preso-e-bandeira-comunista

25 de Março: ato contra Trump tem Bolsonaro preso e bandeira comunista

Com a Polícia Federal (PF) acompanhando homens fantasiados de Donald Trump carregando um saco de dinheiro e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vestido como prisioneiro na linha de frente, comerciantes e trabalhadores ocuparam, na manhã desta sexta-feira (18/7), a Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, em uma manifestação contra a investigação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos sobre o comércio brasileiro.

Além de cartazes com dizeres contra Trump e manifestantes fantasiados, militantes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) empunhavam bandeiras da sigla durante a mobilização.

8 imagensFechar modal.1 de 8

Rua 25 de Março teve o tráfego de veículos fechado

Bruna Sales/ Metrópoles2 de 8

Com fantasias alusivas ao presidente dos EUA e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, manifestantes protestam no centro de SP

Bruna Sales/ Metrópoles3 de 8

Grupo de manifestantes fantasiados de PF, Bolsonaro e Trump

Bruna Sales/ Metrópoles4 de 8

Manifestantes protestam contra tarifaço de Trump

Bruna Sales/ Metrópoles5 de 8

Parte do comércio na região é dominada por chineses e descendentes

Bruna Sales/ Metrópoles6 de 8

Sindicato de comerciários organizou protesto na manhã desta sexta (18/7)

Bruna Sales/ Metrópoles7 de 8

Protesto ocupa rua na região da 25 de Março

Bruna Sales/ Metrópoles8 de 8

Região da Rua 25 de Março é conhecida pelo comércio popular

Bruna Sales/ Metrópoles

O protesto se concentrou na Rua Carlos de Sousa Nazaré, em uma das travessas da rua comercial, horas depois de o ex-presidente Jair Bolsonaro virar alvo de uma operação da PF. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em sua casa em Brasília e no escritório dele, na sede do PL. Uma das medidas restritivas impostas a ele foi o uso de tornozeleira eletrônica.

As caracterizações dos políticos estavam de acordo com as demandas da manifestação, que pediam pela não interferência dos Estados Unidos na soberania brasileira e pela independência do comércio brasileiro frente ao governo norte-americano, que incluiu a Rua 25 de Março na medida anunciada como um dos principais polos de falsificação de produtos.

Veja o protesto:

“Enquanto sindicalista e cidadão, nós não podemos permitir que outro país possa querer ditar regras para o nosso país“, afirma Ricardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP), que convocou a manifestação.

“Pode ter problema aqui na 25 de Março, na região, com pirataria, entre outras coisas, pode ter. Mas quem tem que resolver é a Polícia Federal, a Polícia Militar, os poderes constituídos. Porque lá nos Estados Unidos também tem a mesma coisa que tem aqui no Brasil“, destacou.

Paulo Li, comerciante chinês que atua na 25 há 19 anos vendendo bijuterias, pensa que a medida anunciada pelos EUA é um absurdo. Para ironizar a denúncia de falsificação de produtos na região, ele usava uma camiseta com um papel colado que dizia “Luis Vitao“, em uma referência à marca Louis Vuitton.

“Eu saí da China porque lá já é difícil para trabalhar. Então a gente arrumou um lugar melhor, se esforçou bastante. Eu sou segunda geração no meu negócio, e mesmo assim o cara [Trump] está querendo vir atrás de gente. Já chega essa questão de domínio dos Estados Unidos“, disse ao Metrópoles.

Taxa de 50%

Donald Trump anunciou em 9 de julho que as exportações de produtos do Brasil para os Estados Unidos serão taxadas em 50% a partir de 1º de agosto.

Ricardo Patah avaliou que a tarifa pode afetar, para além da 25 de Março, o agronegócio, a indústria e o aço, com a consequência final sendo o desemprego. “Não à demissão” foi o canto mais entoado pelos comerciantes e sindicalistas durante o protesto.

Participaram da manifestação representantes sindicais, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), partidos políticos de esquerda, representantes do setor comercial, movimentos sociais e setor bancário.

Investigação de Trump cita a 25 de Março

 

Sair da versão mobile