O 53º Festival de Cinema de Gramado revelou nesta terça-feira (8/7) os seis filmes brasileiros de ficção que disputarão o Kikito em 2025. Patrimônio Histórico e Cultural do Rio Grande do Sul, o Festival de Cinema de Gramado será realizado entre os dias 13 e 23 de agosto.
Os seis escolhidos para disputar o prêmio Kikito são de ficção, inéditos e serão exibidos Palácio dos Festivais. A seleção teve curadoria de ator e diretor Caio Blat, da atriz Camila Morgado e do jornalista, professor e crítico Marcos Santuário e marcará a primeira janela de exibição dos mais recentes títulos da cinematografia brasileira.
Conheça os filmes
- A Natureza das Coisas Invisíveis (DF), de Rafaela Camelo
- Cinco Tipos de Medo (MS), de Bruno Bini
- Nó (PR), de Laís Melo
- Papagaios (RJ), de Douglas Soares
- Querido Mundo, (RJ), de Miguel Falabella
- Sonhar com Leões (SP), de Paolo Marinou-Blanco
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O que motivou a escolha?
Ao comentar a curadoria da disputa, Marcos Santuário ressaltou o compromisso com a pluralidade, a sensibilidade e a missão de apresentar um retrato do cinema atual. “Os seis filmes compõem uma amostra vibrante e necessária de narrativas que dialogam com o presente, sem abrir mão da complexidade humana e estética”, destacou.
Camila Morgado, que estreia como curadora em 2025, reforçou que a escolha não foi fácil. Segundo ela, a intenção era apostar na diversidade de temas, linguagens, territórios e gêneros, priorizando obras que geram reflexão. “São filmes com marcas autorais que provocam, sensibilizam e, acima de tudo, nos representam”, apontou a atriz.
Caio Blat acrescentou que, além da pluralidade temática, o grupo buscou equilibrar nomes consagrados com novos talentos. “Espero que o público se deslumbre com a força do nosso cinema, com o vigor com que ele se renova e se reafirma”, frisou o ator.
Filme brasiliense explora os dilemas da infância
Dirigido pela brasiliense Rafaela Camelo, A Natureza das Coisas Invisíveis está na disputa do Kikito de Ouro — prêmio máximo do Festival de Gramado. O longa acompanha a amizade entre duas meninas de 10 anos que se conhecem durante as férias em um local inusitado: um hospital.
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Em entrevista ao Metrópoles, Rafaela destacou que o uso da imaginação é central no filme, justamente por ter esse olhar da visão das crianças. “O realismo fantástico aqui não é um sonho ou algo que foge à realidade, mas sim uma forma de dar significado às experiências dessas meninas. Elas usam a imaginação para lidar com temas difíceis”, afirma
Para a diretora, um dos objetivos do longa é estimular o o público a pensar sobre a finitude e sobre as relações construídas ao longo da vida. “Se as pessoas saírem refletindo sobre isso, acho que o filme cumpriu seu papel”, pontua.