O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nesta segunda-feira (28/7) um plano de contingência contra o tarifaço de Trump para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A tarifa de 50% contra os produtos brasileiros está prevista para entrar em vigor na sexta-feira (1°/8).
“Os cenários possíveis já são de conhecimento do presidente, nós nos debruçamos sobre isso agora. Mas o foco do Brasil é negociar”, disse na saída do ministério, em Brasília.
O plano de contingência detalha medidas de apoio aos setores atingidos pela tarifa norte-americana. Haddad disse que ainda não é possível adiantar as propostas por não se saber se o tarifaço vai ou não entrar em vigor. Segundo ele, o governo brasileiro ainda espera uma resposta para as cartas que enviou a Casa Branca.
Haddad voltou a dizer que o Brasil não vai sair da mesa de negociação e que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, está a frente das negociações.
Leia também
-
Em meio ao tarifaço, Lula sanciona programa de incentivo à exportação
-
A poucos dias do tarifaço, Lula volta a pedir diálogo com Trump
-
Tarifaço: chanceler de Lula avisa governo Trump que está nos EUA
-
Trump confirma tarifaço que inclui o Brasil em 1º/8: “É para todos”
“O foco é, por determinação do presidente, negociar e tentar evitar medidas unilaterais, mas independentemente da decisão que o governo dos Estados Unidos vai tomar, nós vamos vamos continuar abertos a negociação”, disse.
De acordo com ele, o material produzido pela área técnica dos ministérios, já é de conhecimento dos ministros e mais reuniões devem acontecer ao longo da semana.
Desde o anúncio de Trump, o governo tem se mobilizado para dialogar com os Estados Unidos, no entanto, as tentativas não tem sido correspondidas.
Em entrevista à Rádio Itatiaia na semana passada, Haddad afirmou que o governo Trump é centralizador e que as conversas entre Brasil e EUA estão acontecendo apenas no nível técnico.