De saída da Embaixada de Israel no Brasil, o embaixador Daniel Zonshine lamentou, em conversas com parlamentares, que deixará o país sem que o governo Lula autorize a entrada de seu sucessor.
O governo de Israel encaminhou o nome em janeiro, mas até hoje o Brasil não concedeu o agrément – consentimento para que um diplomata assuma uma embaixada – para que Gali Dagan ocupe o posto.
O mandato de Zonshine termina em julho, o que significa que a representação ficará sem embaixador.
A coluna apurou que, no encontro de despedida com lideranças evangélicas, deputados da oposição, diplomatas e ex-bolsistas de programas educacionais israelenses, Zonshine afirmou que a relação entre os dois países não está em seus melhores momentos. E ressaltou que os laços entre israelenses e brasileiros serão mantidos “independentemente das posturas do governo brasileiro”.
Zonshine foi homenageado em um café da manhã organizado pela cientista política Alessandra Batista, presidente do Shabat Itam, uma rede de mulheres em favor de Israel.
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Participaram os deputados federais João Campos (Republicanos-MG) e Gilberto Nascimento (PSD-SP), presidente da Frente Parlamentar Evangélica. Também esteve presente o bispo Alves Ribeiro, presidente do Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política (Fenasp).
Governo brasileiro criticou Israel por ataques ao Irã
Desde a posse de Lula, o Brasil publicou 64 notas críticas a Israel e dez a favor, segundo levantamento do Poder 360.
Na guerra com o Irã, o Brasil fez críticas ao governo israelense por ter iniciado o conflito. Israel alega que o Irã estava muito próximo de ter uma bomba atômica e era a última chance de impedir o país.