Autoexilado nos Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mandou uma “indireta” para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, atual esposa de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A cutucada foi dada em uma postagem na qual Eduardo defende Fabio Wajngarten, ex-assessor de Bolsonaro que foi demitido do PL a pedido de Michelle, após vazarem mensagens dele em tom crítico à ex-primeira-dama.
Fábio Wajngarten
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O ex-presidente Jair Bolsonaro
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Michelle Bolsonaro sofreu revés na Justiça
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Eduardo compartilhou uma entrevista na qual Wajngarten se coloca como “fiel escudeiro” do ex-presidente, independentemente de ter ou não cargo no PL e ressalta que apoiará em 2026 quem Bolsonaro quiser.
Segundo Eduardo, Wajngarten deixou o partido “de uma maneira no mínimo confusa” e teria “mil motivos para se revoltar e jogar pedras” no PL e em Bolsonaro. Mas o advogado “mantém a postura e segue ajudando”.
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“Eu aprecio isso num homem. Isso chama-se lealdade posta à prova: pessoa que se movimenta por princípios, independentemente das circunstâncias”, escreveu Eduardo.
Relembre a confusão
Wajngarten foi demitido do PL em maio a pedido de Michelle. A ex-primeira-dama pediu a cabeça do assessor, após virem à tona mensagens sobre ela trocadas por Wajngarten e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Na conversa, de janeiro de 2023, o ex-assor enviou a Cid uma matéria informando que o PL cogitava lançar Michelle ao Planalto. Cid respondeu: “Prefiro o Lula”. Wajngarten, então, retrucou: “Idem”.
O próprio Bolsonaro reagiu à divulgação dos diálogos. Ao colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles, o ex-presidente informou que procuraria Valdemar para tomar uma providência.
“Diferentemente da atual primeira-dama, Michelle botava ordem na casa. Ela é quem botava ordem na casa, e o pessoal não gostava. Mas não justifica essa troca de mensagens, ainda mais em janeiro de 2023, quando eu estava elegível. Um falou besteira, o outro concordou. Vou conversar com o Valdemar sobre isso. Vamos ver o que fazer”, declarou Bolsonaro.