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    Advogado se irrita com risada de Cid e Moraes alerta: “Se comporte”

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    O advogado Jeffrey Chiquini, que representa Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em ação que apura suposta tentativa de golpe de Estado, se irritou com risada do delator Mauro Cid após uma pergunta. Chiquini questionou Cid, após ter diversas perguntas indeferidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que as considerou inapropiadas ou repetidas.

    Mauro Cid depõe ao Supremo Tribunal Federal (STF) como “informante do juízo” no âmbito das ações que apuram atuação dos núcleos 2, 3 e 4. Todos os advogados dos réus, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e representante do STF podem fazer perguntas ao delator.

    Chiquini fez diversas indagações como defensor do réu que integra o núcleo 2. Em um momento, o defensor apresentou uma tabela de entradas no Palácio do Alvorada e perguntou algumas vezes a Mauro Cid sobre a responsabilidade de incluir ou retirar nomes da lista. Questionou ainda sobre um encontro do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, com o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

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    Ao tratar de reunião, ocorrida em 19 de novembro, Cid, já questionado diversas vezes sobre o evento e a lista, riu. Ele soltou uma risada alta, que foi ouvida por todos presentes na reunião por videoconferência. O advogado ficou irritado com a postura do colaborador. Em voz alta disse: “O senhor está rindo de quê? O senhor não pode rir da minha pergunta”.

    Diante da alteração na voz do defensor, Moraes frisou: “Comporte-se, doutor”.

    Informante

    O ex-ajudante de ordens Mauro Cid falou nesta segunda, durante 5 horas consecutivas, como “informante do juízo” na oitiva que trata das ações dos núcleos 2, 3 e 4 da suposta trama golpista.

    Durante a manhã, o juiz auxiliar de Alexandre de Moraes, Rafael Henrique, ouviu as testemunhas de acusação intimadas pela Procuradoria-Geral da República. No período da tarde, Cid é ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes, que conduz a oitiva da tarde após ausência pela manhã.

    Antes de ouvir Cid, falaram as testemunhas da PGR Clebson Ferreira de Paula Vieira e Adiel Pereira Alcântara, sem a presença do ministro Alexandre de Moraes e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.