Lançada recentemente na Netflix, a produção Desastre Total: A Seita da American Apparel revela o lado oculto da moda básica promovida pela marca símbolo dos anos 2000.
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American Apparel vira tema de documentário da Netflix
Fundada por Dov Charney em 1989, a American Apparel nasceu com espírito jovem, ousado e sexualizado — problemática abordada no documentário. A ideia inicialmente de enfrentar o crescimento do fast-fashion, à época impulsionado por Zara e H&M, acabou por revelar contradições da indústria da moda.
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A etiqueta aberta no centro de Los Angeles concentrava toda a produção e marketing em um único prédio, diferentemente de outras marcas contemporâneas, que costumavam terceirizar esses setores para reduzir os custos.
Anos depois, a empresa seria exposta pelo governo Obama, em 2009, por manter mais de 1.500 funcionários em situação irregular nos EUA, como tática para alcançar valores competitivos no mercado.
O documentário também explora o fundador da grife e ex-diretor da marca, que acumula denúncias sobre práticas abusivas e assédio sexual. Baseando-se no livro The 48 Laws of Power, de Robert Greene (As 48 Leis do Poder, em tradução livre), Charney criou um ambiente instável e praticamente de culto às normas e eventos exploratórios que regiam o cotidiano da empresa.
Expulso da etiqueta em 2014, o empresário ainda tentou reviver seu nome na indústria, lançando a marca Los Angeles Apparel, em 2016, que compartilhava dos mesmo ideais da antecessora. O negócio durou até a pandemia, quando houve um surto de Covid-19 na fábrica, infectando mais de 300 funcionários e ocasionando quatro mortes.
O caso da American Apparel não é exclusivo. Etiquetas semelhantes, como a Abercrombie & Fitch, também já foram tema de outra produção da Netflix. O documentário já está disponível pela plataforma de streaming com nota 6,2, segundo o IMDb.
Confira o trailer do documentário: