Grupos de apoiadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) promoveram, na tarde desta sexta-feira (25/7), buzinaços em diferentes pontos do Distrito Federal. As manifestações começaram por volta das 16h e reuniram motoristas com bandeiras e cartazes pedindo “Fora Lula e Moraes”.
Confira:
Os protestos ocorreram em algumas das principais vias da capital federal, incluindo a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), BR-070, Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), Ponte JK e a subida do Colorado, uma das saídas do Plano Piloto.
Os atos fazem parte de uma série de mobilizações em apoio a Bolsonaro, que também ocorreram fora de Brasília. Na quinta-feira (24/7), cidades como Belo Horizonte (MG) e Vitória (ES) registraram manifestações semelhantes.
Novos protestos já estão programados para 3 de agosto em diferentes regiões do país, incluindo novamente Brasília, capitais e cidades do Sul, como Florianópolis, Balneário Camboriú, Joinville e Porto Alegre, além de Rio de Janeiro e Goiânia.
Leia também
-
Decisão de Moraes: veja o que Bolsonaro pode e o que não pode fazer
-
“Não está claro o que posso ou não falar”, diz Bolsonaro. Vídeo
-
Lula chama Bolsonaro de “fujão” e diz que ele “se borrou todo”
-
Ipespe: para 46%, Bolsonaro é o principal nome da direita no Brasil
Bolsonaro e cautelares
Na sexta-feira (18/7), Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal. A ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, e incluiu dois mandados de busca e apreensão, além de restrições como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de uso de redes sociais, recolhimento domiciliar noturno entre 19h e 6h, impedimento de sair de casa nos fins de semana e veto ao contato com outros investigados, incluindo o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho.
Na decisão, Moraes apontou que as investigações indicam que Bolsonaro e Eduardo teriam atuado para pressionar governos estrangeiros, em especial os Estados Unidos, a adotar sanções contra agentes públicos brasileiros e coagir o STF. Na segunda-feira (21/7), Moraes cobrou explicações de Bolsonaro após o ex-presidente falar com a imprensa.
A defesa de Bolsonaro, por sua vez, argumentou que ele não violou as regras impostas e pediu explicações sobre o que o cliente pode ou não fazer. Nessa quinta, Moraes reiterou que o ex-presidente pode dar entrevistas, mas que elas não podem ser publicadas em redes sociais.
O ministro ressaltou que “houve descumprimento da medida cautelar”, mas de maneira isolada, e negou a prisão do ex-presidente. No entanto, advertiu: “Se houver novo descumprimento, a conversão (em prisão) será imediata”.