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Após 1 semana, médica espancada por fisiculturista segue na UTI em SP

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Após 1 semana, médica espancada por fisiculturista segue na UTI em SP

A médica Samira Mendes Khouri, de 27 anos, segue internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, após ter sido espancada pelo namorado fisiculturista Pedro Camilo Garcia Castro, de 24 anos, há uma semana, em um apartamento alugado na capital paulista.

Segundo a defesa da médica, liderada pela advogada Gabriela Manssur, a mulher vai passar por “diversas” cirurgias reconstrutivas ao longo das próximas semanas e está recebendo apoio da família.

Fisiculturista espancou namorada

O crime aconteceu no dia em que a médica completou 27 anos. Os dois estavam em um apartamento alugado em São Paulo, desde o último dia 12, para comemorar o aniversário de Samira e ficariam até às 11h de segunda.

Uma audiência de custódia realizada na terça-feira (15/7), converteu a prisão de Pedro Camilo em preventiva. O flagrante aconteceu em Santos, no litoral paulista, após o fisiculturista tentar fugir com o carro da vítima.

A médica segue internada, em estado grave e semi-inconsciente, no Hospital do Campo Limpo, na capital. O Metrópoles apurou que os pais da vítima estão tentando realizar a transferência dela para um hospital na Baixada Santista, mas, para isso seria necessária uma UTI móvel.

Ocorrência:

Câmeras de segurança flagraram o fisiculturista entrando e saindo do apartamento – que era um Airbnb – na Avenida Pavão, em Moema, na zona sul da capital. As imagens também mostram Pedro deixando o prédio.

Veja:

 

Defesa do fisiculturista alega quadro psiquiátrico

A defesa do fisiculturista alega que Pedro Camilo possui quadro psiquiátrico, inclusive, com necessidade de medicação de uso controlado.

Em documento encaminhado à Justiça e obtido pelo Metrópoles, o advogado Danilo Pereira apresentou laudo que aponta que o suspeito iniciou tratamento de quadro de anorexia nervosa atípica, abuso de substâncias que não produzem dependência e impulsividade. Ele também estava em investigação para quadros de Transtorno Afetivo Bipolar e Transtornos Específicos da Personalidade.

“Apresenta quadros de oscilação de humor com agressividade e impulsividade”, informa relatório médico anexado ao pedido de uso de medicação. O fisiculturista chegou a ser hospitalizado em abril deste ano.

O relatório psicológico, também anexado ao documento, apontou que Pedro Camilo apresentava prejuízos físicos, emocionais e sociais devido ao quadro de Transtorno Alimentar de Bulimia Nervosa e abuso de medicamentos anabolizantes, esteroides ou psiquiátricos sem o devido acompanhamento médico. O jovem não deu sequência ao atendimento, afirma o laudo.

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O advogado do fisiculturista apresentou relatórios médicos e psicológicos à Justiça para justificar o pedido de medicação controlada, destacando “recente tentativa de suicídio” por parte de Pedro Camilo. Ele se refere à avaliação psicológica, que descreve “queixas depressivas e ideação suicida”, o que levou o jovem a uma internação domiciliar.

Violência

Pedro Camilo bateu na namorada, que sofreu múltiplas fraturas no rosto, principalmente do lado esquerdo da face, e fraturas no nariz, com destaque para o desalinhamento entre os fragmentos ósseos e obliteração de parte das cavidades paranasais presumivelmente pela presença de sangue. A força usada pelo médico fraturou o quarto metacarpo esquerdo dele.

“Covardia e descontrole”

No despacho em que converteu a prisão de Pedro Camilo de flagrante para preventiva, o Juiz de Garantias da Vara Regional das Garantias da 7ª Região Administrativa Judiciária de Santos, Vinicius de Toledo Piza Peluso, destacou que o crime foi praticado com “violência exacerbada e brutalidade incomum”. Além disso, a decisão, obtida pelo Metrópoles, levou em conta que o modus operandi do agressor denotou “covardia, descontrole emocional e periculosidade concreta”.

O juiz também levou em consideração o estado em que a vítima, a médica de 27 anos, foi encontrada: caída ao solo, inconsciente, com a respiração ofegante e o rosto desfigurado e coberto de sangue.

“As fotografias [da médica], aliadas à descrição do estado em que a vítima teria sido encontrada, evidenciam a gravidade concreta da conduta supostamente praticada pelo autuado, a demonstrar o risco à ordem pública em caso de sua soltura precoce. O modus operandi denota covardia, descontrole emocional e periculosidade concreta por parte do custodiado, homem fisiculturista de robusto porte físico, que teria socado intensamente o rosto de sua namorada, a ponto de causar fratura no quarto metacarpo esquerdo do agressor, deixando a vítima desacordada e hospitalizada em estado grave”, diz o texto de conversão da prisão.

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