Após Donald Trump anunciar uma tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros, uma deputada americana apelou ao presidente dos Estados Unidos para impor logo sanções ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
O apelo ao chefe da Casa Branca foi feito nesta quarta-feira (9/7) pela deputada María Elvira Salazar, uma das parlamentares republicanas que mantém boa relação com bolsonaristas.
Presidente dos EUA, Donald Trump
Andrew Harnik/Getty Images
Donald Trump e Jair Bolsonaro
Alan Santos/PR
O ministro Alexandre de Moraes
Vinicius Schmidt/Metropoles
Presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes (STF)
Igo Estrela / Metrópoles
A deputada pediu que que o governo Trump “imponha imediatamente sanções globais Magnitsky a Alexandre de Moraes”, o que incluiria revogar o visto e congelar os bens do ministro do STF nos Estados Unidos..
“Apelo ao governo Trump para que imponha imediatamente sanções globais Magnitsky a Alexandre de Moraes. Este juiz radical transformou o Supremo Tribunal Federal (STF) em uma arma política, silenciando opositores, censurando americanos e fechando plataformas de liberdade de expressão. Ele não está defendendo a democracia, está desmantelando-a”, afirmou María Elvira Salazar.
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A deputada é uma das vozes mais estridentes nos Estados Unidos contra Moraes. Ela já apresentou um projeto no Congresso americano que poderia impedir a entrada do ministro do STF naquele país.
“Alexandre de Moraes é uma ameaça direta à liberdade política no Brasil e em todo o nosso hemisfério. Os Estados Unidos precisam agir agora: congelar seus bens, revogar seu visto e enviar uma mensagem clara e contundente: não toleraremos juízes autoritários perseguindo a oposição política e atacando a liberdade”, completou María Elvira.
Taxação de Trump
Em carta enviada a Lula, Trump anunciou que produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos passarão a ter uma tarifa extra de 50%. A medida valerá a partir de 1º de agosto de 2025.
Como noticiou a coluna, o Planalto já prepara reação. Auxiliares de Lula afirmam que a tendência é o Brasil manter a mesma postura adotada diante de outras tarifas extras anunciadas por Trump: a da “reciprocidade”.