Apostando em um possível recuo de Donald Trump, integrantes do governo Lula passaram a defender cautela na reação do Brasil ao tarifaço sobre produtos brasileiros imposto pelo presidente dos Estados Unidos.
Para auxiliares de Lula, o governo brasileiro vem conseguindo dominar a narrativa internamente. Nesse cenário, a gestão petista precisaria avaliar o panorama sem precipitação, buscando a negociação e a diplomacia.
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Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
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Lula X Trump
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O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente dos EUA, Donald Trump, em montagem
Arte/Metrópoles
Na avaliação de auxiliares do chefe do Palácio do Planalto, a cautela ajudará o governo a não implodir pontes de vez com os Estados Unidos, o que poderia inviabilizar um recuo de Trump.
Diante disso, assessores de Lula defendem que o governo só oficialize sua resposta econômica e comercial aos americanos a partir de 1º de agosto, quando o tarifaço está previsto para começar.
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É com base nessa orientação de cautela, inclusive, que um pronunciamento de Lula em cadeia nacional de TV sobre o tarifaço tem sido descartado por ora pelo Palácio do Planalto. A ideia é aguardar até 1º de agosto.
À coluna o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, disse na quinta-feira (10/7) que um pronunciamento sequer está sendo avaliado no momento.
Na avaliação de assessores de Lula, o momento não seria propício para um pronunciamento, pois poderia passar a impressão de que o petista quer usar o episódio para se beneficiar politicamente.