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Ataque hacker: fintech que levou milhões está em nome de ex-cozinheiro

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Ataque hacker: fintech que levou milhões está em nome de ex-cozinheiro

Alvo de um bloqueio judicial de R$ 270 milhões, valor que teria sido desviado do banco BMP naquele é considerado o maior ataque hacker da história do país, a fintech Soffy Soluções de Pagamentos está registrada em nome de um ex-cozinheiro gaúcho que fez carreira trabalhando em restaurantes no Mato Grosso do Sul.

Documentos da Junta Comercial de São Paulo mostram que Stevan Paz Bastos (foto em destaque) se tornou o único sócio do Soffy no dia 5 de maio deste ano, um mês e meio antes de a empresa receber 69 transações via Pix da conta do BMP, na madrugada do dia 30 de junho. O banco suspeita que a fintech seja uma “empresa de fachada”.

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Polícia Civil prende o insider João Nazareno Roque, que desviou bilhões via Pix

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Hackers em ação

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Polícia Civil prende o insider João Nazareno Roque, que desviou bilhões via Pix

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Ataque hacker é preocupação do sistema financeiro

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Ataque hacker

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Ataque hacker

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Fábio Vieira/Metrópoles11 de 11

Hugo Barreto/Metrópoles

Em um pedido de investigação e bloqueio de bens feito à Justiça paulista, obtido pelo Metrópoles, o BMP afirma que a empresa foi aberta em 2020 com endereço em uma praça na cidade de Atibaia, no interior de São Paulo, e depois teve a sede alterada para um prédio na Avenida Paulista, na capital, sem especificar qual o conjunto ocupa no edifício.

O documento destaca, ainda, que a Soffy Soluções de Pagamentos acumula uma série de reclamações por fraudes via Pix em sites de defesa do consumidor e que o dinheiro furtado por meio do ataque hacker no fim de junho “foi granulado e dissipado na compra de criptomoeda, notadamente, USDT”.

Além disso, o BMP afirma que a fintech transferiu milhões de reais para dezenas de pessoas físicas. Os maiores beneficiários, segundo o banco, foram Carlos Luiz da Silva Júnior, para o qual foram feitas sete transferências, totalizando R$ 44 milhões, e Vanessa Ribeiro Ritacco, para a qual chegaram R$ 20 milhões, fragmentados em quatro transações.

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Suspeito por facilitar acesso a sistema para ataque hacker foi preso

Dois dias após o ataque, João Nazareno Roque, de 48 anos, funcionário de TI da C&M, foi preso pela Polícia Civil paulista, suspeito de ter contribuído para o ataque, ao permitir que hackers usassem suas senhas de acesso ao sistema. Para isso, segundo as investigações, ele teria recebido R$ 15 mil dos criminosos.

João Nazareno Roque teria confessado que deu acesso aos hackers ao sistema sigiloso do banco após ser cooptado pelos criminosos na saída de um bar. De acordo com a Polícia Civil, no decorrer das investigações, foi possível identificar que Nazareno facilitava “que demais indivíduos realizassem transferências eletrônicas em massa, no importe de R$ 541 milhões para outras instituições financeiras”.

A Polícia Civil de São Paulo segue as investigações para identificar e prender outros suspeitos de envolvimento no crime. O funcionário de TI da C&M citou aos policiais que os menos outros quatro homens estariam envolvidos nos ataques, que atingiram ao menos cinco instituições financeiras além do BMP. Há ainda um outro inquérito sobre o caso, instaurado pela Polícia Federal (PF).

Como foi o ataque

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