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    “Auxiliar de acusação” do tribunal do crime virou réu e levou pauladas

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    Um dos homens presos pela Polícia Civil do Estado do Mato Grosso (PCMT) sob suspeita de integrarem o tribunal do crime que culminou na morte de Alexsander Aparecido Antunes de Oliveira, 29 anos, estava completamente lesionado no momento em que foi detido.

    Na montanha-russa do cenário do crime, tudo muda inesperadamente. Não existe lealdade ou medo de atacar. A coluna apurou que o homem foi um dos responsáveis por acompanhar a tortura e posteriormente a execução de Alexsander.

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    O que ele não imaginava é que menos de 30 dias após cometer o crime, ele quem se sentaria no banco dos réus.

    Não há informações concretas sobre o que teria levado o homem ao julgamento do Comando Vermelho (CV). No entanto, sabe-se que seu “salve” — definição usada pelos faccionados para se referir a castigos — envolveu pauladas e diversas agressões.

    Na delegacia, os policias notaram que o corpo do homem, sobretudo suas costas, apresentava diversos hematomas arroxeados.

    De juiz a julgado

    Segundo as investigações, Alexsander foi atraído por integrantes do Comando Vermelho (CV) até um terreno baldio da região, local em que a facção criminosa costuma praticar os “salves” — espécie de castigo/avisos contra seus membros.

    Ao perceber que se tratava de uma emboscada, o homem tentou fugir com sua motocicleta, mas foi alcançado e executado com um disparo de arma de fogo na cabeça.

    A Polícia Civil, por meio da Divisão de Homicídios da 1ª Delegacia de Tangará da Serra, deflagrou nessa terça-feira (15), a segunda fase da operação “Tribunal de Sangue”. Dois homens foram presos, sendo que a polícia aguarda ordem da Justiça para apreender três adolescentes envolvidos no crime.