MAIS

    Bilynskyj contraria Motta e mantém reunião de comissão pró-Bolsonaro

    Por

    O presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP), manteve a convocação dos deputados para analisar uma moção em solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apesar do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB) ter vetado encontros durante o recesso parlamentar.

    A oposição ensaia uma mobilização dos congressistas para pressionar a cúpula do Congresso a dar andamento em pautas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), instância onde tramita a ação penal por golpe de Estado contra Bolsonaro. O esforço, porém, foi desautorizado por Motta e pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

    Leia também

    Ao Metrópoles, Bilynskyj disse que a nota emitida por Motta não é um ato oficial da mesa e que, até então, a convocação para a terça-feira (22/7) às 10h, está mantida.

    A oposição queria suspender o recesso como um todo e acelerar a tramitação de projetos como a limitação de decisões monocráticas, fim do foro privilegiado e a instalação da CPI do Abuso de Autoridade. O líder da bancada, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), também quer adiantar a tramitação da anistia.

    Operação da PF

    A Polícia Federal esteve, na manhã desta sexta-feira (18/7), na casa de Bolsonaro e na sede do PL em Brasília para cumprir mandados de busca e apreensão. O ex-chefe do Executivo também teve que colocar tornozeleira eletrônica por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

    Foram apreendidos um pen drive, dinheiro em espécie e o celular do ex-presidente. Moraes também proibiu o contato dele com o filho, o deputado-federal-licenciado, Eduardo Bolsonaro, que também é alvo do inquérito. Bolsonaro também está proibido de usar redes sociais e deverá seguir um horário de recolhimento domiciliar das 19h às 7h da manhã.

    Eduardo, que está nos Estados Unidos desde março, é apontado pela investigação como articulador por sanções contra o Brasil. O deputado federal comemorou o anúncio do presidente Donald Trump em taxar em 50% os produtos norte-americanos. Bolsonaro disse que Eduardo deverá permanecer nos EUA, “senão será preso”.

    O ex-chefe do Executivo voltou a dizer que é alvo de perseguição e negou qualquer participação na suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. Disse que usar uma tornozeleira eletrônica é uma “suprema humilhação”. Moraes também proibiu o contato dele com o filho, o deputado-federal-licenciado, Eduardo Bolsonaro, que também é alvo do inquérito.