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    Bolsonarista cita Lady Gaga para pedir mudança em prisão preventiva

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    A cantora pop americana Lady Gaga foi citada por uma deputada bolsonarista na justificativa de um projeto de lei que visa endurecer as hipóteses de prisão preventiva no Brasil.

    A menção foi feita pela deputada Júlia Zanatta (PL-SC) em um projeto que propõe alterar o Código Penal para facilitar a prisão preventiva de suspeitos presos em flagrante.

    4 imagensApresentação de Lady Gaga no Rio de JaneiroApresentação de Lady Gaga no Rio de JaneiroA deputada federal Júlia ZanattaFechar modal.1 de 4

    Apresentação de Lady Gaga no Rio de Janeiro

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    Apresentação de Lady Gaga no Rio de Janeiro

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    A deputada federal Júlia Zanatta

    Reprodução/TV Câmara

    A proposta estabelece que, nos casos em ue o suspeito for preso em flagrante mais de uma vez dentro do prazo de seis meses, ele seja encaminhado para prisão preventiva, com prazo inicial de 180 dias.

    “Apresento o presente projeto de lei a fim de contrapor esse nefasto quadro de reiteração delitiva, permitindo a conversão da prisão em flagrante para a prisão preventiva ou, minimamente, a prisão domiciliar sob monitoramento eletrônico, para crimes mais gravosos e praticados de forma reiterada, em curto espaço de tempo, com o propósito de garantir a ordem pública, bem como dar uma resposta ao criminoso contumaz”, explica a deputada.

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    A citação da Lady Gaga

    Zanatta não quer, obviamente, prender Lady Gaga. A cantora é mencionada em razão de uma fala do prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), citando um caso ocorrido durante o show da artista em Copacabana, em maio de 2025.

    Paes, que participou de uma audiência pública na Câmara sobre a PEC da Segurança, disse que uma turista foi morta durante o show de Gaga por um homem que foi preso em flagrante mais de 27 vezes, mas que estava solto.

    “O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que, no show da Lady Gaga, uma turista foi morta a facadas por um cidadão que havia sido preso em flagrante mais de 27 vezes. São incontáveis os casos de pessoas que são presas em situação de flagrância e, após as audiências de custódia, são soltas, sendo que, em exíguo espaço de tempo, voltam à criminalidade, motivadas pela inação do Estado”, justificou a deputada.