O governo do Brasil terá um novo embaixador na representação diplomática brasileira na Síria, cerca de sete meses após a queda de Bashar al-Assad e a ascensão do ex-jihadista Ahmed al-Sharaa ao poder. O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores no último dia 24 de julho.
Segundo o Itamaraty, o governo interino sírio aprovou o agrément — permissão para um representante assumir o cargo — do embaixador Eduardo Botelho Barbosa. O diplomata brasileiro já atuou como cônsul-geral do Brasil na Suíça, além de ter chefiado as embaixadas brasileiras na Sérvia e Argélia.
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Durante a revolta que mudou o governo no país, ataques contra algumas embaixadas na Síria foram registrados. Isso motivou o governo brasileiro a ordenar a retirada do corpo diplomático o país, por questões de segurança, em meio a incerteza sobre a transição política local.
Em janeiro deste ano, os funcionários brasileiros, incluindo o atual embaixador brasileiro em Damasco, André Luiz Azevedo, retornaram à embaixada.
Seguindo o rito, a designação do diplomata Eduardo Botelho Barbosa será submetida à apreciação no Senado.
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Incertezas
Mesmo com as promessas de uma Síria mais democrática e inclusiva, episódios de violência foram registrados no país desde que grupos rebeldes liderados por al-Sharaa tomaram o poder.
No último deles, envolvendo a minoria drusa, tribos beduínas, forças do governo, e até mesmo as Forças de Defesa de Israel (FDI), mais de 1,5 mil pessoas morreram.
Ainda assim, o governo interino do país segue os esforços para cumprir a promessa de estabilizar a Síria. No último deles, a data para as primeiras eleições desde a queda de Assad foi anunciada. O pleito está previsto para acontecer entre os dias 15 e 20 de setembro, e deve eleger os novos membros da Assembleia Popular síria — o parlamento do país.